Após duas semanas de polêmica que culminaram com a saída de metade da diretoria da Mozilla e muita reclamação em redes sociais, o CEO da fundação, Brendan Eich, anunciou nesta quinta-feira, 3, sua renúncia ao cargo. Eich, que era CTO da Mozilla e um de seus cofundadores, não aguentou a pressão interna e externa desde que foi descoberto que em 2008 ele teria doado US$ 1 mil a uma campanha contra o casamento gay.
Em um post no blog oficial da Mozilla assinado pela chairwoman executiva Mitchell Baker, a empresa afirmou ter "orgulho de possuir um padrão diferenciado", mas que, na última semana, não conseguiu manter esse patamar. "Sabemos por que as pessoas estão sentidas e com raiva, e elas estão certas: é porque não nos mantivemos verdadeiros conosco", diz Mitchell. A executiva diz ainda que a empresa não agiu com rapidez quando a controvérsia começou. "Pedimos desculpas. Precisamos fazer melhor."
A companhia afirma que apoia a liberdade de expressão e a diversidade entre os funcionários, inclusive encorajando a equipe a compartilhar suas crenças e opiniões em público. Mas ela reconhece que, “dessa vez”, falharam em escutar a própria comunidade.
A Mozilla diz que não há por enquanto um candidato para substituir Eich como CEO e que isso "ainda está sendo discutido". A fundação diz estar aberta sobre a decisão e que irá divulgar mais informações na próxima semana. "Vamos emergir disso com entendimento e humildade renovados – nossa comunidade grande, global e diversificada é o que faz da Mozilla especial e o que nos ajuda a completar nossa missão", conclui Mitchell.
