Telefônica quer que 2,5 GHz fique como está

O presidente da Telefônica, Antônio Carlos Valente, defendeu nesta segunda-feira, 3, a tese de que a faixa de 2,5 GHz seja explorada pelos serviços de MMDS por meio da tecnologia WiMAX, ou seja, que a destinação dessas frequências permaneça como está. A Anatel estuda a possibilidade de colocar o SMP como prioritário na faixa, em detrimento do MMDS. Para Valente, não faz sentido reservar uma faixa para a prestação de serviços móveis que sequer estão disponíveis no mercado. "A destinação tem que ser a que é melhor para o mercado agora. No futuro, que se reavalie se for o caso". Ele defendeu ainda o tamanho do espectro reservado às licenças de MMDS, de 190 MHz. "Não podemos nos esquecer que com a introdução de canais em alta definição, é necessário mais espectro para o serviço".
Dono do MMDS adquirido da TVA, o Grupo Telefônica seria um dos grandes afetados pela mudança de destinação, apesar de a empresa ser também acionista relevante (50%) da Vivo, ao lado da Portugal Telecom. Assim, apesar dos benefícios para a Vivo que a mudança trará, a Telefônica fechou posição em defesa de suas operações de MMDS, por meio da TVA, focados na oferta de serviços de banda larga via WiMax.
Para isso, a Telefônica ainda tem um outro obstáculo antes mesmo da confirmação do projeto da Anatel para o futuro da faixa de 2,5 GHz. Está prevista na pauta do Conselho Diretor da Anatel a discussão da medida informal tomada pela agência no ano passado suspendendo a homologação e certificação de equipamentos WiMax usados na faixa de 2,5 GHz. A Telefônica chegou a encaminhar uma carta à Anatel pedindo a retomada da emissão dos certificados, alegando que a decisão criava problemas ao seu projeto de investimentos em banda larga.

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Como a expectativa é que a agência reverta a ordem dada à área técnica, Valente preferiu não entrar em atrito com o órgão regulador. "Falar dos males do passado não resolvem os problemas do setor", afirmou o executivo, que não quis contabilizar o tamanho do prejuízo financeiro causado pela medida. Mesmo assim, Valente não nega que a decisão realmente foi problemática para a Telefônica. "Claramente houve um tipo de impacto com essa medida."

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