TVs da Europa querem conteúdos nos celulares

?Queremos transformar nossos espectadores em consumidores?, disse Jeff Henri, presidente da divisão de mercado consumidor da ITV, uma das maiores emissoras de TV privada do Reino Unido, durante o evento Nokia Mobility Conference, em Barcelona. A frase ilustra bem como broadcasters internacionais estão ávidos pelas novas possibilidades de receitas prometidas pela oferta de TV móvel: não se trata apenas de ganhar uma parte do pagamento de assinaturas ou pay-per-views, mas também na venda de ringtones, games e até mesmo produtos reais associados aos programas transmitidos.
?A TV está mudando. Queremos distribuir nosso conteúdo em outras mídias?, disse Henri. O primeiro passo já foi dado: em outubro a ITV criou um portal celular através do qual assinantes de todas as operadoras inglesas poderão acessar sua programação via streaming e download na rede celular. A empresa pretende criar canais exclusivos para celulares que estimulem a interatividade. Um será dedicado ao matchmaking (encontros virtuais) e outro a apostas envolvendo entretenimento. Há também planos para criar um canal cujo conteúdo seria fornecido pelos próprios usuários (espectadores).
O diretor da MTV3, principal emissora de TV da Finlândia, Mikko Räisänen, alertou que a TV no celular só terá sucesso se os broadcasters tiverem um papel relevante no modelo de negócios. Henri concordou e acrescentou: ?algumas operadoras de telefonia estão se tornando agregadoras de conteúdo. Isso deveria ficar a cargo dos broadcasters?.

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Novas horas

A MTV3 realizou há pouco tempo um teste com DVB-H e constatou que o celular pode servir como uma espécie de extensão da TV que temos em casa: as pessoas assistem TV no telefone quando estão a caminho do trabalho ou aguardando numa fila. ?O celular serve para atingir o usuário em novas horas e novas situações?, disse Räisänen.

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