A posse do novo presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, nesta segunda-feira, 2, deu uma demonstração de que, de fato, o governo Lula decidiu apoiar o fortalecimento institucional da agência. Foi a mais prestigiada desde 2002, quando Renato Guerreiro deixou a agência e foi substituído por Luiz Guilherme Schymura.
Estiveram presentes dois ministros de Estado – Hélio Costa, das Comunicações, e Celso Amorim, das Relações Exteriores (um dos responsáveis pela indicação de Sardenberg). E ainda, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), líder do PMDB no Senado, o deputado Júlio Semeghini (PSDB-SP), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, e presidentes e diretores de todas as operadoras de telecomunicações e de grandes fabricantes do mercado.
Logo no início de seu discurso, Sardenberg frisou que foi escolhido por Lula para promover o fortalecimento da Anatel, retomar a agilidade decisória da agência e propor rumos para o futuro. Também frisou que usará da sua experiência como diplomata para ?ouvir e dialogar?.
O novo presidente afirmou ser ?100% favorável? à reestruturação da agência. O processo de reestruturação organizacional da Anatel está parado desde 2005. ?Vivemos em um País em mudanças. Os termos dos problemas de telecomunicações estão mudando e a Anatel precisa se adaptar a esses novos tempos?, disse ele.
No discurso, Sardenberg também chamou a atenção para o aumento do número de reclamações sobre os serviços de telecomunicações. Ele lembrou que, em 2006, houve um crescimento de quase 30% das reclamações no call center da Anatel. E chamou as empresas a assumirem suas responsabilidades e dialogarem com a agência para melhorar a qualidade do serviço prestado. ?E claramente a Anatel, na medida em que tem uma parcela dessas responsabilidades, está disposta a promover um melhor atendimento aos consumidores e aos usuários.?