Com fibra na porta da casa do cliente, Huawei chega a 300 Mbps sobre rede de cobre

Enquanto a demanda por dados e maiores velocidades cresce exponencialmente indicando um caminho claro de que o futuro das redes fixas de banda larga será a fibra chegando diretamente à casa do usuário (FTTH), novas tecnologias continuam sendo desenvolvidas para otimizar os pesados investimentos requeridos das prestadoras e, assim, dar sobrevida às legadas redes de cobre.

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Técnicas de bonding e vetorização em conjunto com uma arquitetura que traz a fibra cada vez mais próxima da casa dos usuários têm aumentando consideravelmente a velocidade das redes de acesso de cobre. Depois do FTTC (fiber-to-the-curb ou to-the-cabinet) e do FTTB (fiber-to-the-building), agora chegou a vez do FTTD (fiber-to-the-door), com a fibra literalmente na porta da casa ou do apartamento do usuário – apenas a distribuição interior da banda larga é feita utilizando a instalação da rede de cobre telefônica, que é de propriedade do usuário, e não da operadora incumbent de telefonia fixa.

O FTTD é a nova aposta da chinesa Huawei, que utilizando técnicas de vetorização com ajustes de frequência de banda e otimização da codificação em cima da tecnologia VDSL2 consegue entregar taxas de 300 Mbps em cima do cobre – são 250 Mbps para download e 50 Mbps para upload. "Estamos falando de uma distância máxima de 150 metros entre os elementos ativos de rede e o cobre e a assimetria na velocidade de download e upload foi necessária para alcançar essa taxa de 250 Mbps (no downstream)", conta o consultor de negócio sênior da Huawei, Sérgio Battaglia, lembrando que o VDSL2 tem velocidade máxima teórica de 100 Mbps, mas normalmente apresenta taxas entre 30 Mbps e 50 Mbps. "O que a gente fez foi usar mais espectro, organizando a modulação, para chegar a essa velocidade de 250 Mbps no download".

De acordo com o executivo, a Huawei vem trabalhando no conceito de "banda larga sob demanda" há mais de um ano e considera o FTTD é a solução mais apropriada para garantir a rentabilidade da heterogeneidade que a operadora precisa. "Quase a metade dos custos de uma rede FTTH está dentro da casa do usuário, depois que passou da porta. Com o FTTD, eliminamos não apenas esse custo, mas reduzimos também o esforço estendido de implantação e o time-to-market", completa Battaglia. "O ponto chave é acelerar a implantação da fibra com vantagem operacional e financeira que permite à operadora evoluir a rede junto com a demanda de serviços do cliente".

A tecnologia de FTTD da Huawei foi demonstrada em fevereiro e requer uma pequena adaptação dos sistemas O&M e atualizações de software dos equipamentos de cliente (CPE). A chinesa, inclusive, propôs a padronização das especificações para que haja integração com outros fabricantes de CPEs e, assim, consolidar uma demanda. A Huawei também trabalha no desenvolvimento do padrão G.fast, que prevê velocidades de 1 Gbps.

 

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