O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrição, o Contrato de Investimentos entre a Algar S/A Empreendimentos e a Archy LLC, afiliada do GIC Special Investments LTD (fundo soberano de Cingapura). Pelo contrato celebrado, o fundo passará a ser detentor, de 25% do capital social e votante da Algar. Na avaliação, publicada em despacho na edição desta sexta-feira, 2, do Diário Oficial da União (DOU), o órgão entende que a operação não gera preocupações concorrenciais, já que as empresas detêm baixas participações nos mercados em que atuam.
De acordo com análise do Cade, o fundo GIC tem investimentos indiretos pequenos e passivos em outras empresas de telecomunicações, mas que atuam em áreas restritas, o que descaracteriza a sobreposição horizontal e nem provoca integrações verticais. Segundo a análise do Conselho, os únicos serviços que têm participação de mercado comum entre os dois players são infraestrutura em nuvem e gerenciamento de TI. No entanto, esta participação combinada é inferior a 20% – aquém, portanto, do percentual mínimo legal para presunção de possibilidade de exercício de poder de mercado".
A operação, que foi fechada pelas empresas no final de dezembro e anunciada no início de janeiro, se dará por meio de um aumento de capital entre R$ 352 milhões e R$ 379 milhões cujos direitos de subscrição serão cedidos à Archi pelos controladores. Além disso, serão adquiridas pela Archi diretamente do controlador ações no montante de R$ 648 milhões. Ao todo, a operação perfaz R$ 1 bilhão. A anuência prévia da Anatel também será necessária para a consolidação da operação.
A Algar opera como concessionária de telefonia fixa, serviços móveis e banda larga na região do Triângulo Mineiro e tem uma considerável infraestrutura dedicada a serviços corporativos espalhada por diversas cidades fora da área principal de atuação.