Minicom fala em destinar faixas de UHF para TV móvel por celular

As perspectivas de revisão na destinação de faixas usadas por serviços de TV paga não está restrita aos estudos sobre as frequências em 2,5 GHz, usadas pelas empresas de MMDS. O Ministério das Comunicações tem analisado o uso das frequências utilizadas pelas operadoras de TVA (serviço especial de TV por assinatura via UHF) para a destinação de canais digitais às operadoras celulares. O projeto já vinha sendo estudado pela Anatel há algum tempo e voltou a chamar a atenção do Minicom neste início de 2009. As TVAs (que não se confundem com a operadora homônima) são licenças criadas em 1988 para a oferta de TV por assinatura em um único canal UHF. Existem cerca de 25 licenças de TVA, espalhadas pelas principais capitais brasileiras e em nome de grandes grupos de mídia, incluindo Globo, Abril, RBS e Band.
A oportunidade de dar nova destinação às faixas de TVA está no seu potencial para a distribuição por operadoras móveis de conteúdos em TV via celular. O cálculo é que, para cada canal destinado a uma empresa de TVA (de 6 MHz), seria possível criar 13 canais para as empresas celulares. Para o ministro das Comunicações, Hélio Costa, essa alteração poderia dar melhor uso a faixas que hoje nem sempre tem uma exploração plena por parte das empresas.
Mesmo com a vontade de rever a destinação dessas faixas, o Minicom não deve tomar, por enquanto, nenhuma medida efetiva. "Não tem como eliminar as empresas. Elas têm direito adquirido. Mas é importante analisar o que pode ser feito com o espectro nesse setor", ponderou o ministro Hélio Costa.

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A Qualcomm e a Nokia-Siemens já analisaram a possibilidade de utilizar estas faixas para distribuir conteúdos móveis para celular na plataforma MediaFlo e DVB-H, respectivamente. Alguns empresários brasileiros já se movimentaram nesse sentido, mas a incerteza regulatória em relação à manutenção das licenças é um forte complicador para a viabilização dos projetos.

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