Bernardo: venda da PT trará investimento para o Brasil

Na visão do ministro Paulo Bernardo, a consolidação não é um processo desejável, mas, se estiver dentro das regras de mercado, não enfrentará problemas para acontecer. Ele ressalta a visão do consumidor, que se beneficia de maior concorrência com mais empresas, mas tenta olhar para o copo meio cheio ao falar sobre a negociação da Oi com a Altice para a venda de ativos da Portugal Telecom (PT). Bernardo afirma que "parece bom para eles (a Oi), melhora a liquidez da empresa", mas reitera que realizar essa transação "seria ótimo, porque vendem a PT e investem no Brasil, dá R$ 21 bilhões que serão investidos no País".

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No entanto, ele deixa claro que a posição da Oi de não participar do recente leilão do 4G será danosa à operadora no futuro. "Quem não tem 700 MHz está fora, vai dançar. Daqui a quatro anos, o 4G vai ser predominante, estará muito à frente do 3G", prevê.

Essa tendência de crescimento da banda larga móvel já pode ser sentida, na visão do Minicom. Segundo o ministro, neste ano no Brasil serão vendidos 70 milhões de smartphones, o dobro do registrado em 2013. Ele cita uma negociação para que os aparelhos passem a "sintonizar direto do espectro de TV", o que permitiria alavancar ainda mais a indústria no País.

Leilão

Bernardo acredita que é legítima a reclamação das teles do pagamento de cerca de R$ 200 milhões (somadas as quatro empresas que participaram do leilão) adicionais. "Se a empresa pagar a parcela maior (os cerca de R$ 1,7 bilhão) e fizer um depósito judicial para fazer na outra, vai tudo para o Tesouro", ressalta. A expectativa é de que as empresas paguem ao menos o valor inicial da faixa de 700 MHz ainda nesta semana. "Todo mundo vai depositar. Eles entraram no leilão, vão pagar, só não têm obrigação de pagar com os juros, que não são módicos", declara, referindo-se à opção de parcelamento.

Satélite

O ministro rebate críticas e explica que gostaria que o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC) tivesse mais tecnologia nacional, mas que isso demandaria mais tempo para a construção do artefato e sua entrada em operação. Ele afirma que há uma ideia, que será discutida em 2015, para um satélite de backup, que seria concluído em 2018. "No segundo satélite, podemos exigir mais tecnologia (nacional)", diz.

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