A Bouygues não tem poupado esforços para que a Vivendi aceite sua oferta de compra da operadora móvel francesa SFR. Depois de aumentar em 1,85 bilhão de euros a última oferta que fora rejeitada pela Vivendi, totalizando o pagamento de 13,15 bilhões de euros em dinheiro, além de diminuir de 46% para 21,5% a participação da Vivendi no capital da joint-venture a ser constituída, a Bouygues anunciou nesta terça, 1º, o pagamento de uma taxa de 500 milhões de euros pela dissolução do negócio caso a fusão entre as operadoras móveis não consiga as aprovações regulatórias necessárias.
SFR e Bouygues Telecom são atualmente a segunda e a terceira operadora móvel em base de clientes na França, e uma eventual fusão das duas operadoras reduziria a competição no mercado francês, que atualmente tem quatro prestadoras. O pagamento dos 500 milhões de euros demonstra, segundo a Bouygues em comunicado, "a confiança de que conseguirão obter todas as aprovações regulatórias".
Além disso, a Bouygues também ampliou o prazo de validade da oferta, de 8 de abril para 25 de abril, para que a Vivendi, que no Brasil controla a GVT, tenha "tempo para analisar a oferta "de maneira calma e detalhada", e dar andamento às discussões necessárias que um negócio de tamanha importância requer.
A Vivendi havia rejeitado uma oferta anterior de 11,3 bilhões de euros em dinheiro mais 46% das ações da empresa resultante da combinação entre a Bouygues e a SFR, dizendo que passaria a negociar a venda de sua subsidiária exclusivamente com a prestadora de cabo e banda larga Numericable.