Entre três e cinco funcionários da 1ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) estão envolvidos na distribuição irregular de processos para desembargadores da instituição. A avaliação é da comissão formada às pressas pelo TJ-RJ para investigar as denúncias feitas por advogados da Telecom Italia e dos fundos de pensão de que ações foram distribuídas sem seguir o processo de sorteio regular previsto pela Justiça. Esses funcionários deverão sofrer processos administrativo e criminal, podendo receber penas de até 12 anos de prisão.
A comissão, constituída pelos desembargadores Humberto Manes, Marcus Faver e Antônio Siqueira, teve duas longas reuniões nesta terça-feira, 14. Há indícios de fraude em pelo menos 12 casos. O presidente do TJ do Rio, desembargador Miguel Pachá, reconheceu em entrevista à rádio CBN que entre os 12 casos de irregularidades já apurados está um processo movido pelo Opportunity contra os fundos de pensão. A expectativa é de que as investigações sejam concluídas dentro de uma semana. Não se falou ainda, porém, na punição para os possíveis corruptores. ?Além disso, é preciso investigar os desembargadores que receberam esses processos?, reclama uma fonte ligada às partes que se sentem prejudicadas pela fraude.
Opportunity vs. sócios