A Tectoy pretende levar seu videogame Zeebo para o mercado asiático em 2010. Os alvos prioritários são China e Índia. A meta é lançar o console em pelo menos um desses países no ano que vem. "Já temos alguns contatos por lá. O processo é longo", explica o gerente de negócios da Tectoy, Sérgio Buch. O Zeebo tem como principal inovação o seu modelo de distribuição de jogos: os títulos são vendidos através de downloads pela rede celular. Os consoles trazem embutidos antenas e chips 3G. O usuário, porém, não paga assinatura e nem compra créditos com operadoras celulares: seu relacionamento é direto com a Tectoy, que, por sua vez, remunera as teles. No Brasil, o Zeebo usa a rede da Claro para a transmissão de dados.
A Ásia não será o primeiro mercado internacional do Zeebo. O videogame chegou este mês ao México, onde utiliza a rede celular da Telcel. Tanto no Brasil quanto no México a fabricação é local. Para as vendas na Ásia também deverá ser feita alguma parceria com fábricas locais.
O Zeebo foi lançado em junho no Brasil, inicialmente com distribuição limitada ao mercado fluminense. Para o Natal o aparelho já estará disponível em todo o Brasil, sendo vendido por grandes redes varejistas como Ponto Frio e Lojas Americanas. Outra novidade: o preço do Zeebo baixou de R$ 399 para R$ 299, graças à redução dos preços dos componentes após o lançamento no México.
O videogame tem hoje aproximadamente 35 títulos disponíveis, dos quais seis vêm embarcados no console. Até o final do ano a projeção é ter 42 jogos, diz Buch. E em 2010 o portfólio deve superar 100 games, prevê o executivo. Estúdios de renome internacional como EA e Gameloft estão desenvolvendo jogos para Zeebo, assim como o Tectoy Digital, responsável pelos títulos exclusivos com as marcas "Extreme" e "Boomerang", que utilizam um acessório na forma de um bumerangue com sensor de movimento.