Às vésperas de deixar a presidência da Embratel, Jorge Rodriguez lembrou, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 22, que seu momento mais difícil à frente da operadora foi durante a renegociação da dívida da companhia. ?O risco Brasil estava ridiculamente alto, pois ninguém sabia o que o Lula iria fazer. Além disso, nosso controlador passava por dificuldades?, recordou o executivo. ?Se não tivéssemos feito uma boa renegociação da dívida hoje haveria 'três amigos' muito felizes?, comentou, referindo-se ao consórcio formado por Telemar, Telefônica e Brasil Telecom, que pretendia comprar a Embratel.
Rodriguez disse que agora só pensa em passar um tempo com sua família, antes de decidir que caminho seguirá em sua carreira. ?Oportunidades não faltarão?, afirmou.
Reestruturação
Nesta sexta-feira, 23, acontecerão assembléias gerais da Embratel Participações e da Embratel operadora para tratar da reestruturação interna das companhias. São esperadas as nomeações de Carlos Henrique Moreira, atual presidente da Claro, como novo presidente da Embratel, e de José Formoso Martinez, como diretor-geral. Especula-se no mercado que os atuais vice-presidentes de finanças e de marketing da Embratel, Norbert Glatt e Purificación Carpinteyro, permanecerão na empresa.