Calais faz quinta proposta à MCI

A Calais Participações S.A., consórcio que abriga as três teles locais e a Geodex e que está tentando comprar a Embratel, divulgou nesta segunda, 19, um release afirmando que aumentou mais uma vez sua proposta para aquisição das ações ordinárias da tele, com o pagamento inicial garantido à WorldCom de US$ 396 milhões. Trata-se da quinta proposta feita pelo consórcio pela Embratel, sendo que em sua última oferta, a garantia era de até US$ 360 milhões, ou o equivalente à proposta da Telmex, escolhida em princípio pela MCI. Segundo o consórcio, o pagamento não depende de aprovação regulatória prévia e não é reembolsável, mesmo no caso de o negócio não ser aprovado. Por outro lado, se estiverem mantidas as condições da quarta proposta, o pagamento depende de um novo processo de vendas que aconteceria a partir de julho de 2005 caso a Calais não conseguisse concretizar a sua proposta. Caso seja aprovada, a oferta da Calais prevê o pagamento total de US$ 550 milhões, a ser finalizado após a aprovação pelas autoridades regulatórias.
A empresa ressalta que, com exceção de um pagamento inicial de US$ 20 milhões, todo o restante da proposta de US$ 360 milhões da Telmex é reembolsável, caso a transação não obtenha aprovação regulatória.
A Calais divulgou também que condicionou seu direito a efetuar o pagamento final de US$ 154 milhões ao fechamento de um acordo com o Cade, ?prevenindo a existência de qualquer tipo de violação antitruste até a conclusão do exame do negócio pelo órgão, processo que poderia demorar anos?. Além disso, o consórcio garantiu estar preparado para indenizar os vendedores em relação a qualquer reivindicação por parte de terceiros relativa à compra das ações da Embratel pela Calais.

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Na carta enviada a MCI, a Calais solicita também ao Conselho da empresa norte-americana que, ?ao fazer seu julgamento de boa-fé sobre nossa oferta, compare com cuidado o risco remoto e hipotético de algum tipo de responsabilidade legal ao risco de perder uma oferta garantida de US$ 396 milhões pelo ativo, sem qualquer necessidade de aprovação regulatória (em comparação com a proposta da Telmex, de acordo com a qual o recebimento de qualquer valor significativo está condicionado à aprovação regulatória), além de perder também US$ 154 milhões adicionais no fechamento final do negócio?.
O comunicado é encerrado com a seguinte declaração, atribuída a ?fontes da Calais?: ?consideramos inconcebível que nossa oferta ? com um pagamento inicial garantido significativamente superior ao pagamento potencial e com condições a ser feito pela Telmex ? possa ser rejeitada.? A decisão da Corte de Falências de Nova York quanto à venda da Embratel está marcada para o próximo dia 27. O release, que traz outras declarações "em off", ou seja, sem citar a fonte, também insinua que a dívida da WordCom com Carlos Slim também esteja pesando na operação.

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