Presidente da CVM descarta risco de manobra contra minoritários

Não há possibilidade de uma empresa que esteja vendendo sua participação em outra mascare o valor real a ser pago através de perdão ou alongamento de dívidas, ou ainda de contratos privilegiados de prestação de serviço no futuro. A informação, referente a uma possível manobra da Telmex na compra da Embratel, foi dada aos senadores da Comissão de Fiscalização e Controle nesta quarta, 14, durante audiência pública sobre a venda da operadora de longa distância, pelo presidente da CVM, Luiz Leonardo Cantidiano. Ele explicou que ao calcular o valor pelo qual determinada empresa foi vendida, a CVM analisa cuidadosamente todo o processo justamente para impedir que subterfúgios deste tipo venham prejudicar os acionistas minoritários. A explicação foi dada a partir do questionamento feito pelo senador Luiz Otávio, PMDB/PA, sobre a possibilidade de a MCI estar usando a venda da Embratel para cobrir parte da dívida que tem com a Telmex (o que é negado pela Telmex). O débito foi reconhecido pelo vice presidente da operadora mexicana, José Formoso Martinez, na audiência pública realizada na última terça, 13, na comissão de Educação do Senado. O presidente da CVM também rechaçou a possibilidade de vazamentos de informação durante o processo de venda da empresa terem favorecido algum tipo de investidor. Cantidiano explicou que a CVM tem alguns filtros eletrônicos que denunciam qualquer tipo de movimentação anormal em relação às ações cotadas na bolsa, e estes relatórios são verificados com os fatos divulgados na mídia, bem como os comunicados de fatos relevantes. No caso da Embratel, nenhuma irregularidade foi encontrada, disse ele.

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