As operadoras celulares recusaram na última segunda-feira, 2, a primeira contraproposta da Anatel para o reajuste das tarifas de público e de interconexão para o segmento. De acordo com fonte ligada às operadoras móveis, as teles continuam brigando pela aplicação do IGP-DI pleno de 10,58% (referente ao acumulado de dezembro de 2002 a dezembro de 2003) para o reajuste da cesta básica de tarifas e para a VU-M. A média proposta pela agência ficou bem abaixo disso: 6,9% para as tarifas de público e 8,5% para a VU-M. Uma nova rodada de negociações teve início e até esta quarta-feira, 4, a agência ainda estava se reunindo com as operadoras para refazer os cálculos e chegar a um novo índice.
A proposta de 6,9% em média também para reajuste das tarifas fixo-móvel (VC-1) será igualmente revista. As fixas querem aumentar a margem atual, que varia entre R$ 0,015 e R$ 0,018 por minuto, para R$ 0,02 mais o reajuste do IGP-DI cheio de 7,67% (do acumulado de janeiro a dezembro de 2003). Entretanto, só após a definição do reajuste das celulares é que a Anatel determinará o índice para reajuste da VC-1.
A Anatel deve apresentar a nova contraproposta para as operadoras fixas e móveis até a tarde desta quinta-feira, 5, uma vez que a intenção é publicar os índices no Diário Oficial no dia 6, como previsto inicialmente. A expectativa é de que essa disputa chegue a um meio termo razoável o suficiente para não justificar uma briga judicial.
Reajuste de tarifas