Credores rejeitam alongamento de prazo da dívida da Eletronet

Ainda não existe por parte dos credores da Eletronet nenhuma perspectiva de solução do problema da dívida da empresa a curto prazo. De acordo com informações dos fornecedores da rede da empresa, que se encontra em estado autofalimentar, a única proposta de renegociação feita pelo síndico da massa falida, Isaak Zveiter, envolvendo o alongamento do prazo da dívida para 15 anos, foi rejeitada, pelo menos pelos dois maiores credores, a Furukawa e a Lucent. Juntas, as empresas respondem por pouco mais de 80% do passivo da Eletronet, avaliado em cerca de R$ 500 milhões. A assessoria de imprensa do síndico, no entanto, diz que as negociações continuam, aguardando-se ainda um posicionamento dos credores para as próximas semanas.
Tanto o síndico quanto os fornecedores alegam ter sabido apenas pela imprensa da possibilidade de aproveitamento da rede da Eletronet por empresas estatais, entre as quais a Petrobrás. A informação foi divulgada na última terça, dia 9, pelo ministro das Comunicações, Miro Teixeira.
O grande impasse na negociação da dívida da Eletronet diz respeito à responsabilidade pelo débito. Os credores buscam uma solução junto ao governo, pois entendem que a Eletrobrás é a grande beneficiária da rede da Eletronet, que continua a funcionar para a segurança e controle de pára-raios da rede distribuidora de energia elétrica ligada à estatal (cabos OPGW). Esta aplicação, aliás, é a prioridade da rede de fibras, cuja capacidade excedente foi oferecida ao mercado de telecomunicações por meio da Eletronet, especialmente criada para este fim.

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