Opportunity propõe acordo à Previ

O grupo Opportunity, por meio do CVC/Opportunity Equity Partners Administradora de Recursos Ltda., quer oferecer sua participação acionária ?indireta? na Telemar em troca das ações da Previ nas controladoras das operadoras Brasil Telecom (BrT), Telemig Celular e Amazônia Celular. A proposta de troca de ativos foi encaminhada nesta quinta, 24, ao fundo de pensão do Banco do Brasil e publicada em fato relevante pelas operadoras envolvidas. A oferta é condicionada à avaliação dos ativos para o pagamento de uma compensação, por qualquer uma das duas partes. Se a sugestão for aceita, seria um princípio de solução para o conflito entre Previ e Opportunity nessas empresas, disputa que dura anos e gerou diversas ações judiciais. O grupo de Daniel Dantas, procurado por TELETIME News, não comentou o assunto. A Previ por sua vez ainda não tinha tomado conhecimento dos termos da proposta.
Aparentemente, se a Previ aceitar, deve ocorrer um descruzamento de participações acionárias da fundação e do grupo de Daniel Dantas, ficando resolvidos dois impasses. A Previ ganharia participação no grupo de controle da Telemar, de onde foi afastada pela Anatel em setembro de 2000 por já fazer parte do controle da Brasil Telecom. E o Opportunity desistiria de participar da Telemar, de cujo controle também foi afastado na mesma época, depois de adquirir a posição da Inepar, em uma operação de engenharia societária contestada pelo órgão regulador.
O fato relevante é divulgado na mesma semana em que a revista Carta Capital (www.cartacapital.com.br) em matéria de capa, assinada pelos jornalistas da Teletime Rubens Glasberg e Samuel Possebon, mostra como a Previ, após a saída da TIW do Brasil, ficou com um investimento em empresas de telecomunicações de quase R$ 2 bilhões, trazidos a valor presente, ameaçado de virar pó. Isso por conta de seu envolvimento com o Opportunity, além de fatos ainda não esclarecidos que se seguiram ao processo de privatização do Sistema Telebrás.

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Na matéria, Sérgio Rosa, presidente da Previ, afirma que quer sair das empresas de telecomunicações em condições competitivas com a possibilidade de escolher o comprador e fazer o preço. Ou seja, não aceita a situação em que foi colocado de ter um único comprador para seus ativos em telecomunicações ? o grupo do empresário Daniel Dantas.
O processo de pós-privatização e a iminente ameaça de formação de um cartel na telefonia fixa que resultou nos atuais impasses também é abordado no editorial da edição deste mês da revista TELETIME, que traz informações inéditas sobre as decisões da Anatel no caso da Telemar.

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