Nesta quarta, 11, houve mais uma expressiva alta, de 6,65%, das ações preferenciais da TCO, que fecharam a R$ 3,53. De diferentes fontes, TELETIME News ouviu várias informações, presumivelmente colhidas junto a executivos da empresa. Uma delas dava conta de que, pelo menos em parte, a operadora está sendo posta à venda pela controladora Splice e as negociações para isso já estariam em curso. Outra informação é de que pela primeira vez, além dos tradicionais interessados pela TCO (leia-se Telecom Américas), aparecem nas conversas alguns dos grandes fornecedores da companhia.
No que se refere aos sempre mal recebidos empréstimos da TCO para a sua controladora (Splice), o último dos quais na forma de debêntures no valor de R$ 190 milhões (num total de R$ 600 milhões), representantes de minoritários devem ser chamados para discutir. A empresa estaria disposta a aceitar algum tipo de participação desses minoritários nas assembléias. Aliás, esse posicionamento se deve, segundo fontes bem situadas, a sinalizações da CVM, de que chamaria a empresa a explicar melhor as suas aplicações em papéis da controladora.
ON estável
O movimento positivo verificou-se só nas ações preferenciais da TCO. As ON chegaram a cair 0,84% no pregão desta quarta-feira, fechando estável a R$ 8,30. Se há novas especulações sobre a venda do controle da TCO, por que foram as ações sem direito a voto que subiram?
A resposta dos operadores é de que o valor das PN estava "atrasado" em relação às ações de controle. Na nova lei das S.A, os preferencialistas têm direito a 80% do valor das ON negociadas em um acerto de controle. Ou seja: supondo que as ON estacionem no patamar atual, as PN teriam que estar valendo pelo menos R$ 5,59. Teoricamente, então, o papel poderia observar uma valorização de quase 60%. Nas estimativas de Victor Martins, do Banco Safra, o preço-alvo das ON é de R$ 10,00, dando assim espaço para um aumento ainda maior das PN.