Intel Security pretende incorporar soluções em Internet das Coisas e wearables

A Intel pegou o bonde da mobilidade andando, mas está se esforçando para recuperar terreno na área ao oferecer uma gama maior de hardware e, por meio de sua divisão de segurança adquirida com a compra da McAfee, software também. A fornecedora norte-americana de chipsets já possui soluções de proteção para tablets e smartphones, como as que lançou nesta quarta-feira, 29, mas a ideia é ir além e incorporar segurança por meio de integração com processadores. E o próximo passo é chegar à Internet das Coisas (IoT) e wearables.

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"O investimento é a longo prazo, é um item (avaliado), mas não sabemos ainda quais serão os padrões e vai levar um tempo para definir isso", declarou o engenheiro de produtos de consumer da McAfee Brasil, Thiago Hyppolito. A Intel também trabalha nisso, e é uma das parceiras do Open Interconnect Consortium (OIC), junto com Broadcom, Samsung e outras empresas de tecnologia, para o desenvolvimento de um padrão comum para que as aplicações de IoT conversem entre si. "A Intel quer proteger todos os aparelhos, queremos ter integração maior entre hardware e software, levando a proteção independente da plataforma, com a proteção já embutida no hardware", diz, ressaltando que a companhia "tem músculo" para investimentos na área.

Hyppolito explica ainda que esse nível de integração é possível com chipsets da Intel e que, por isso, a empresa procura avançar para recuperar o tempo perdido. "A Intel demorou um pouco para entrar no mundo móvel, mas nos tablets a grande maioria no Brasil é de chipset nosso. A Intel, com certeza, pensa nesse mercado como prioridade número um", garante.

A questão é que a chegada desses novos dispositivos vai aumentar não apenas a quantidade de eletrônicos na residência, mas a de possíveis alvos de ataques. Hyppolito garante que a fornecedora já trabalha em uma solução de gerenciamento (como um MDM) residencial, para que o usuário possa controlar a segurança de todos os aparelhos e coisas conectadas. "Quando você acaba tendo que espalhar a segurança em vários dispositivos, aumenta a complexidade de um usuário comum gerenciar. Temos a direção de fazer uma coisa mais automatizada e ter uma solução residencial", diz.

Solução

A companhia lançou nesta quarta-feira sua nova linha de soluções, como o McAfee LiveSafe, que permite a proteção de diversos dispositivos, incluindo tablets e smartphones, com uma única licença. O foco da empresa é em aparelhos Android, mas o engenheiro de produtos diz que alguns dos serviços também são compatíveis com iOS. "Não é tudo porque a plataforma da Apple tem algumas limitações, mas alguns recursos, como armazenamento na nuvem e autenticação biométrica, tem no iOS", diz.

Essa autenticação é feita, assim como em Androids, por meio do reconhecimento facial (com a câmera frontal do smartphone ou tablet) ou da fala (pelo microfone). A integração com o leitor de digitais TouchID da Apple chegará depois. "Provavelmente no ano que vem. Está massificado no iPhone e alguns Android, mas a ideia de não ter ainda é para que a experiência seja integrada em todos os dispositivos. Se isso virar padrão, vamos incluir também essa camada".

Por enquanto, nada de Windows Phone. "É mais a espera, a estratégia comercial de esperar por uma demanda de usuários dessa plataforma", justifica.

Os demais produtos da linha 2015 da Intel Security já estão disponíveis pela loja online da companhia, e a partir de 1º de dezembro no varejo. O gerente de consumer da McAfee Brasil, Fabiano Tricarico, explica que esses mesmos produtos já chegam também em parcerias com operadoras por meio de whitelabel. "Essa roupa (com a marca Intel Security) dele é a do varejo, mas o produto aparece com outro nome, provavelmente como multidevice, com o nome da operadora e o logo de 'powered by McAfee' abaixo", detalha.

Marca

Em breve, esse logo nos produtos whitelabels irá mudar para Intel Security, embora todos os produtos continuem utilizando a marca McAfee. "São produtos de segurança que existem há mais de 20 anos, é um nome consolidado. O consumidor final não enxerga isso na Intel, são outros valores de segurança, a identidade da McAfee é forte e a ideia é permanecer por um período ainda, pelo menos", declara Thiago Hyppolito. "A gente está no momento de transição, até e-mails corporativos continuam como McAfee."

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