A Portugal Telecom (PT) divulgou nesta sexta, 29, os resultados do segundo trimestre e do primeiro semestre deste ano, e mostram um desempenho de aumento no lucro devido às operações controladas. Destaca-se que este é o primeiro resultado no qual os ativos da PT estão debaixo do guarda-chuva da Oi e que, excluindo efeitos de prejuízos fiscais reportáveis, a companhia registrou prejuízo de 9 milhões de euros no semestre.
No semestre, o lucro líquido da Portugal Telecom foi de 358,8 milhões de euros, aumento de 15,65% em relação a 2013. Considerando apenas o segundo trimestre, o crescimento foi de 34,53%, totalizando 363,9 milhões de euros.
Assim, o resultado líquido das operações descontinuadas inclui essencialmente o ganho registrado no aumento de capital da brasileira, no total de 701 milhões de euros parcialmente compensado pelo "desreconhecimento de prejuízos fiscais reportáveis, no montante de 208 milhões de euros", devido à descontinuação dos negócios em Portugal que "suportavam o reconhecimento desses ativos por impostos diferidos". De acordo com a empresa, excluindo-se esses efeitos, as operações descontinuadas registram prejuízo de 9 milhões de euros no primeiro semestre, contra lucro de 259 milhões de euros no ano anterior, que, por sua vez, refletem ganho com a alienação do investimento de 310 milhões de euros na CTM nesse período em 2013.
Outros ganhos líquidos registrados no segundo trimestre do ano passado, de 126 milhões de euros, foram relacionados à liquidação de obrigações contratuais resultantes da aquisição da Oi. Já a perda registrada no segundo trimestre de 2014 é atribuída à redução no valor de mercado de um investimento de 71 milhões na Oi.
O EBITDA no semestre foi negativo: 12,8 milhões de euros, uma piora de 64,1% em relação a 2013.
A Portugal Telecom atualmente detém, como único ativo relevante no seu patrimônio, uma participação, direta e indireta, de 39,7% no capital social da Oi, incluindo uma participação de 39,0% do respectivo capital social com direito de voto (excluindo a participação indireta detida através da TmarPart, da AG Telecom e da LF Tel na Oi).
