O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu a Oi um prazo de cinco dias para que apresente suas alegações ao processo administrativo decorrente das reclamações da GVT de condutas anticoncorrenciais da concessionária, entre 2008 e 2009. A partir dessas manifestações, o órgão antitruste dará sua posição sobre os fatos.
De acordo com a reclamação, a Oi cortou cabos de telefone da GVT que ficavam em prédios residenciais. Esses cabos faziam parte de uma rede compartilhada pelas prestadoras de serviço de telefonia e TV a cabo nos estados do Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e no Distrito Federal. A Anatel chegou a emitir decisão cautelar naquele mesmo ano determinando que a Oi encerrasse a prática.
O processo foi enviado ao Cade pela agência em 2012. O órgão antitruste disse que, de acordo com o processo, a Oi também é acusada de provocar lentidão e supostas falhas técnicas no tráfego de dados da GVT, ou seja, na rede de internet da empresa. Esses problemas ocorreram em pontos onde havia interconexão da rede das duas empresas.
O Cade investigou ainda a denúncia de que a Oi agiu para dificultar a transferência de assinantes dela para a GVT. E suspeitas de que funcionários da Oi teriam ameaçado instaladores da GVT em Salvador (BA).