Para analistas, compra da Vivo pela Telefônica é positiva

O mercado tem reagido bem ao anúncio de aquisição do controle pleno da Vivo pela Telefônica. A reação positiva dos negociadores na Bolsa de Valores de São Paulo não está apenas na elevação consistente das ações das duas empresas, na casa dos 10% para os papéis da Vivo e dos 5% para a Telefônica. Relatórios divulgados por corretoras recomendam a compra dos papéis das companhias, apostando nas sinergias que o negócio trará para o grupo.
A Brascan, por exemplo, listou como vantagens o "aumento da receita, através da redução de churn, além da venda casada de serviços", a integração de redes das operadoras fixa e móvel, redução de despesas e de Capex e prováveis sinergias fiscais, reduzindo ainda mais os custos da operação. A queda potencial no churn, prevista pela Brascan, está associada ao aumento da concorrência no mercado paulista, com a integração entre Net e Embratel, que tem "roubado" muitos clientes da Telefônica.
Para a corretora, a operação anunciada hoje pode dar novo fôlego à Telefônica nos mercados de telefonia fixa e banda larga, além de preparar a companhia para uma briga ainda maior no futuro, caso se concretize uma integração plena entre Embratel e Claro, ambas controladas pelo mega-empresário Carlos Slim.

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Riscos
Mesmo com a recomendação de compra das ações e a análise geral positiva com relação ao negócio, as corretoras também vislumbram riscos econômicos na operação, caso a convergência não gere os frutos esperados. Um dos alertas é com relação à Oi. Para a Brascan, o potencial da companhia não pode ser subestimado, mesmo na telefonia móvel, onde ela é a última colocada no mercado. Para os analistas, a cobertura nacional da empresa, gerada pela compra da Brasil Telecom, "pode torná-la mais competitiva em comparação a TIM e Vivo".
Questões típicas do mercado de telecomunicações também podem resultar em impactos negativos nas contas do grupo Telefônica. É o caso de uma eventual queda na VU-M provocada pela consolidação com a Vivo, caso o tráfego não aumente o suficiente para compensar os ganhos gerados durante a operação separada. Outro aspecto que pode impactar negativamente nas contas é a possibilidade de a operação não ser suficiente para reverter a queda de ARPU que o grupo tem registrado em seus balanços. Esse é um risco concreto por causa da alta competitividade do setor e do crescimento do número de promoções.

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