TIM anuncia "plano de relançamento" para voltar a crescer

Depois de um ano de 2008 marcado pelo baixo crescimento da receita e pela perda do segundo lugar em market share para a Claro, o novo presidente da companhia, o italiano Luca Luciani, promete uma verdadeira revolução para que a companhia volte a apresentar bons números. Durante a teleconferência para comentar os resultados do último trimestre de 2008 e do ano, o executivo anunciou um "plano de relançamento" da companhia, com mudanças que envolvem tanto a parte comercial como financeira, a ser implementado ao longo de 2009.
Entre as mudanças anunciadas destacam-se o reposicionamento da marca para atrair clientes de maior valor, mais investimento nos canais de vendas para voltar a crescer a base pós-paga e aumentar a produtividade das lojas, segmentação e diversificação de portfólio de ofertas, investimentos em rede e redução de custos de interconexão (o que já está em execução), além de mudanças na equipe e na estrutura organizacional. A operadora descarta a hipótese de demissões.
A oferta do novo portfófio, de acordo com Luciani, está prevista para abril. O executivo não quis adiantar nenhum detalhe sobre esses novos planos, mas afirma que para ter sucesso no mercado "altamente penetrado" como é o caso das classes A e B no Brasil, é preciso uma nova segmentação de produtos. "Para o segundo trimestre estamos preparando um plano tarifário inovador, não mais baseado em promoção e sim em benefício permanente", diz ele. Já para o segundo semestre, a ideia é apostar nas ofertas convergentes, oferecendo pacotes combinados de telefonia fixa, móvel e internet.

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Para colocar em prática esse plano, a empresa tem um Capex (investimento de capital) previsto para o ano de R$ 2,3 bilhões. Os investimentos somaram R$ 3,3 bilhões em 2008, incluindo R$ 1,3 bilhão das licenças de 3G.
Para o primeiro trimestre de 2009, a expectativa é que a base de clientes ainda apresente crescimento reduzido, em função de uma limpeza – principalmente de pré-pagos – que irá até março.
De fato, a situação da TIM não é das mais confortáveis. Ao longo de 2008, a operadora viu sua participação de mercado cair de 25,8% para 24,2% ao fim do ano. Houve uma forte deterioração da base de cliente pós-pagos, que teve perda de 200 mil clientes no ano. Além disso, o MOU no último trimestre do ano caiu 19% em relação ao mesmo período do ano passado, indo para 86 minutos. Por outro lado, a TIM conseguiu manter praticamente estável sua margem Ebtida no quarto trimestre do ano passado na comparação com o mesmo período do ano de 2007 (26,2% contra 26,4%). No ano de 2008 a margem foi de 22,2% contra 22,8% em 2007.
Intelig
Luciani disse que até o momento não existe nenhum compromisso firmado entre TIM e Intelig. Além disso, não respondeu uma pergunta sobre como a empresa pretendia se capitalizar para comprar a empresa caso o negócio fosse fechado. A TIM tem interesse na Intelig porque a rede da companhia poderá significar uma redução nos custos com aluguel de redes de terceiros e interconexão que crescem, como foi observado pelo próprio executivo, num compasso diferente do crescimento da receita. Enquanto o negócio com a Intelig não sai, a TIM tem investido na construção de anéis metropolitanos de fibra-óptica no Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. A rede nas três capitais está em fase de finalização.

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