Ao contrário do resultado da Vivo no Brasil, o Grupo Telefónica registrou redução nas receitas e no lucro no terceiro trimestre, de acordo com balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira, 26. A companhia obteve 12,754 bilhões de euros em receita no trimestre, uma queda de 2,5% comparado ao mesmo período de 2016. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, houve um avanço de 1,4% e um total de 38,846 bilhões de euros.
Vale ressaltar que, devido à variação cambial, a receita da Telefônica Brasil em euros mostrou uma queda de 0,5% no trimestre, contra um crescimento "orgânico" de 1,2%, com total de 2,935 bilhões de euros. No acumulado, a receita foi de 9,128 bilhões de euros, um crescimento de 13,6% – o maior avanço dentre todas as unidades do grupo. Em volume de receitas, a brasileira fica atrás da Telefónica Espanha e da Telefónica Hispanoamerica (que engloba várias operações na América Latina).
O lucro operacional antes de depreciação e amortização (OIBDA, na sigla em inglês) do Grupo Telefónica foi de 4,095 bilhões de euros no período de julho a setembro, uma queda de 1,9%. Entre janeiro a setembro, o OIBDA foi de 12,274 bilhões de euros, avanço de 2,9%. A margem OIBDA cresceu 0,2 ponto percentual e encerrou o trimestre em 32,1%. No acumulado, aumentou 0,5 p.p. e ficou em 31,6%.
O lucro operacional avançou 3,2% no trimestre e 7,1% nos nove meses, somando respectivamente 1,773 bilhões de euros e 5,142 bilhões de euros. O lucro líquido atribuível para detentores de capital foi de 839 milhões de euros no trimestre, redução de 14,7%. Nos nove meses, foi de 2,439 bilhões de euros, aumento de 9,6%.
A empresa destinou 2,455 bilhões de euros em Capex no trimestre, quantia 3,9% maior do que em 2016. No acumulado do ano, foram 5,962 bilhões de euros, redução de 0,9%. Depois da Telefónica Hispanoamerica, o Brasil foi o que mais recebeu aportes: 598 milhões de euros no trimestre (3,7% acima do ano passado) e 1,513 bilhão de euros (aumento de 10,6%). O grupo espanhol diz que os investimentos foram primariamente para expandir as redes LTE, LTE-Advanced e de fibra.
Operacional
A Telefónica conta no total com 339,843 milhões de acessos, uma redução de 1,2%. Os acessos de voz fixa caíram 4,8% e fecharam setembro em 37,028 milhões. Os acessos de banda larga somaram 21,243 milhões (redução de 0,1%), sendo 10,511 milhões com tecnologia FTTx ou cabo, um avanço de 20,8%. A TV paga contava com 8,375 milhões de acessos no mês, redução de 0,2%.
O grupo espanhol contabilizou 272,742 milhões de acessos móveis, redução de 0,8%. A queda foi basicamente no pré-pago, que caiu 4,4% e fechou o mês com 158,662 milhões de linhas. O pós-pago, por outro lado, aumentou 4,7% a base e ficou em 114,079 milhões de conexões. Dessas, 15,572 milhões eram de máquina-a-máquina (aumento de 14,6%).
Ainda de acordo com a empresa, houve aumento de 2,2 p.p. na penetração de planos pós-pagos, que agora representam 41,8% da base. Com 156,511 milhões de acessos (aumento de 8,2%), os smartphones agora representam 61,8% do total de linhas móveis da companhia, um aumento de 5,4 p.p.. E o LTE, que cresceu 55,2%, fechou setembro com 88,978 milhões de conexões, ou 34,6% da base.