Apesar do recente otimismo do ministro Gilberto Kassab com a possibilidade de aprovação do PLC 79 pelo Senado, o presidente da Telefônica, Eduardo Navarro, disse em conferência a analistas para a divulgação dos resultados do segundo trimestre que acredita na possibilidade de que a mudança no marco legal de telecomunicações, com a aprovação do projeto, aconteça apenas em 2018. "Não vejo a lei sendo aprovada agora. Espero estar errado. Falta consenso na sociedade (sobre o projeto), não da nossa parte. Pode ser no final desse ano ou no ano que vem. Se vier antes, melhor", disse Navarro, destacando que a situação política e as prioridades do Congresso hoje estão focadas em outras questões, como a reforma da previdência.
Investimentos
Navarro voltou a afirmar que a estratégia de investimentos e expansão da rede de fibra da Telefônica depende de uma mudança de entendimento em relação aos Termos de Ajustamento de Conduta (TACs). Segundo ele, está clara a estratégia da Telefônica de investir em fibra, mas ainda não está claro se será para todas as cidades ou para algumas. "A depender do entendimento da Anatel e do TCU sobre os TACs, a operadora pode focar os investimentos apenas nas cidades mais rentáveis", disse ele. "A demanda (por fibra) mostra-se maior do que a esperada, e existe mercado", disse ele, ressaltando que a empresa buscará estratégias alternativas para atender a esta demanda. A Telefônica pretendia fazer investimentos da ordem de R$ 5 bilhões decorrentes da celebração de Termos de Ajustamento de Conduta com a Anatel, mas a área técnica do TCU manifestou entendimento de que esse acordo seria inadequado e o processo de celebração do TAC parou à espera de uma decisão do plenário do Tribunal de Contas.