Telefónica espera dobrar o número de assinantes de telefonia móvel até 2009

Em reunião com acionistas em Valencia, na Espanha, o CEO da Telefónica, César Alierta, apresentou projeções pelas quais a companhia chegará em 2009 com 255 milhões de clientes em todo o mundo, um crescimento de 41% frente aos 181 milhões do final de 2005. Desse total, os maiores saltos serão vistos, segundo ele, na telefonia móvel, em que a companhia espera quase dobrar o número de clientes para 186 milhões até 2009, e na banda larga fixa, em que estima avançar de 7 milhões para 16 milhões de assinantes.
O executivo destacou as oportunidades nos mercados emergentes como a América Latina. A receita de telefonia móvel na região, segundo pesquisas da Telefónica, terá um crescimento anual médio de 16% até 2009, enquanto na Europa o crescimento médio esperado por ano é de 5%. O potencial de penetração dos serviços de telefonia móvel na América Latina, segundo as projeções da empresas, deve saltar 33 pontos percentuais até 2009, índice que na Espanha é de 11 pontos e no restante da Europa, 12 pontos.

Aquisições

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César Alierta confirmou aquilo que o mercado já sabia: seu interesse em adquirir a participação da Portugal Telecom na Vivo ?desde que por um preço justo?, ampliando assim a 100% sua participação societária na operadora móvel brasileira. Além disso, o executivo descartou a possibilidade de a Telefónica adquirir a própria Portugal Telecom, desmentindo, portanto, boatos do mercado. Segundo nota divulgada pela consultoria Bernstein Research, as informações são positivas para a Sonaecom, que tem uma oferta hostil de compra da Portugal Telecom sendo avaliada pela Autoridade da Concorrência, órgão regulador do mercado português.

Capital

De acordo com Alexandre Constantini, analista do Bear Sterns, a questão que se coloca agora é o preço de venda da participação da PT na Vivo. Ele concorda com o valor que está sendo falado no mercado, 3 bilhões de euros. Alierta, durante a conferência, disse que a empresa tem ? 1,5 bilhão em caixa para novas aquisições e que poderá se desfazer da sua participação na Endemol para viabilizar a operação. Constantini, entretanto, afirma que a empresa tem diversas maneiras de fazer essa aquisição, como emissão de ações ou a própria Telesp fixa fazer a compra. ?Além disso, esse valor anunciado me parece muito baixo. É para não mostrar ao mercado o verdadeiro potencial de compra da empresa?, diz.
Constantini afirmou que o fato das ações da Vivo estarem traçando uma estratégia descendente pode indicar um ?acordo? para que a empresa se desvalorize e seja, portanto, adquirida por um preço menor. ?Não dá para ter certeza, mas já vi isso acontecer várias vezes?, diz.

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