Para as móveis, competição deve se restringir à camada de serviços

Foi-se o tempo em que a quantidade de estações radiobase (ERBs) era um diferencial estratégico para as operadoras móveis. Isso ficou bem claro no seminário Teletime Tecnologia de Redes, realizado nesta terça-feira, 26, pela Converge Comunicações. A palavra de ordem de uns anos para cá no Serviço Móvel Pessoal (SMP) é cada vez menos replicação de infraestrutura e mais compartilhamento. "As operadoras móveis devem competir nas camadas de serviços, não nas de transporte", diz Leonardo Capdeville, diretor de planejamento e tecnologia da Vivo.
O gerente de inovação tecnológica da TIM Brasil, Janilson Junior, apoia a posição do executivo da Vivo e ressalta que o compartilhamento é questão de sobrevivência. "O grande aumento do MOU (média de minutos por usuário) vai exigir muito mais sites por operadora, cuja média atual é de 12 mil e nos próximos dez anos irá para 24 mil", diz. A meta da TIM é dobrar seu MOU (129 minutos no último trimestre de 2010) até 2013. "Isso exigirá um investimento muito grande das operadoras, Capex que pode ser compartilhado", acrescenta. "Assim, sobra mais recursos para serem investidos em serviços e na experiência do usuário, que é onde as operadoras estão se diferenciando".
O diretor da Vivo destaca também que o Brasil é um país que justifica o compartilhamento. "Além do volume crescente do tráfego, que exigirá maior adensamento de ERBs, o número de assinantes e o tamanho do Brasil nos faz seguir esse caminho do compartilhamento", explica.

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Atualmente, cerca de 55% a 65% das torres da Vivo são compartilhadas, mais ou menos a mesma proporção da TIM e das demais teles móveis.

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