Abrint vê risco de ataques cibernéticos contra redes de ISPs e coordena ação de mitigação; TV Box traz risco, diz associação

Os provedores de internet voltaram a sofrer em 2023 com um problema que já havia incomodado em 2021: ataques cibernéticos contra suas redes e pedido de "resgate" para a liberação de funcionamento. A metodologia é a mesma: ataques de negação de serviço (DDoS) feitas a partir de botnets contra as redes de provedores de menor porte, normalmente sem estrutura para mitigar os riscos. O problema é tão grave que a  Abrint, associação que congrega pequenos provedores, passou a contratar, de maneira centralizada, uma empresa de segurança cibernética para atuar junto aos associados, a Huge Networks. "Temos hoje que fazer um esforço centralizado de combate porque nem todos os pequenos ISPs têm condições de lidar com os procedimentos técnicos ou bancar os custos de uma estrutura de proteção", explica Breno Valle, diretor de projetos da Abrint.

Pirataria de TV

Outro foco da preocupação da entidade é a pirataria de conteúdo. Sobretudo depois que a Anatel começou a determinar o bloqueio das caixas tipo TV Box, muitos associados, explica Breno Valle, passaram a ser demandados por consumidores sobre a dificuldade de funcionamento dos equipamentos dedicados à pirataria de sinais de TV. "A gente tem conversado com a ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) para disseminar o material que eles produziram de combate à pirataria junto a nossos associados, para que eles entendam o problema e os riscos. Mas o próximo passo é participar mais ativamente do movimento de combate à pirataria da Anatel", diz Valle. Uma das estratégias é estabelecer uma base de dados de endereços IPs que os provedores possam acessar quando a Anatel determinar os bloqueios, para que proativamente as redes dos PPPs possam já fazer o bloqueio. Segundo Breno Valle, está claro que o uso de equipamentos de IPTV não homologados é hoje um problema real de segurança para as pequenas operadoras. "São equipamentos que estão dentro da sua rede e que podem promover ataques cibernéticos", diz ele.

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A Abrint reforça a necessidade de uma maior conscientização dos provedores em relação aos riscos de cibersegurança. "Temos que fazer um trabalho de conscientização e de informação para que os provedores estejam preparados e saibam responder aos riscos", disse o executivo durante o Encontro Nacional Abrint, que acontece esta semana em São Paulo.

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