Telefônica dedicará R$ 2,5 bilhões adicionais para fibra até 2020

Após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, a Telefônica/Vivo reiterou a intenção de expandir a cobertura em fibra. Anunciado em uma conferência para investidores em Nova York e em teleconferência para analistas nesta quarta-feira, 25, o projeto visa adicionar mais de 20 novas cidades com fibra até a residência (FTTH) neste ano, incluindo 2 milhões de homes-passed a mais no período.

O projeto de aceleração de sua cobertura FTTH no País deverá contar com R$ 2,5 bilhões de investimentos adicionais no plano de investimentos de R$ 24 bilhões no triênio 2018-2020. A companhia contabilizava em março 89 cidades com 1,412 milhão de conexões de fibra até a residência, e planeja chegar a 9 milhões de homes-passed ainda neste ano e 14 milhões até 2020.

Para a operadora, há espaço suficiente no mercado de banda larga brasileiro, especialmente no segmento de velocidades acima de 34 Mbps . "Temos 5 mil cidades, e estamos falando que em menos de 10% há ultra banda larga hoje, então é uma grande oportunidade para nós", declara o COO da Vivo, Christian Gebara. "Por isso queremos dobrar os home-passed de hoje, com 7 milhões, para 14 milhões (em 2020). Estamos analisando a possibilidade de entrar em 400 ou 500 novas cidades", explica. "O mercado é gigante, e acho que há espaço para todos, estamos confiantes", diz o CEO da operadora, Eduardo Navarro.

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Christian Gebara diz que, embora a concorrência também esteja investindo em FTTH, a Vivo já conta com uma implantação em larga escala. "Achamos que a Oi é um competidor relevante. Não temos visto a nova implantação, mas achamos que ela é forte", declara. Como diferenciação, afirma que o produto de fibra da operadora oferece mais características para atrair o cliente. "Nossa proposição é de mais velocidade, oferecemos FTTH de 100 e 300 Mbps, e também temos IPTV, o que é único da Vivo, e com nossa base pós-paga, temos benefícios cruzados, que é oferecer mais dados [para o cliente móvel]", diz.

IPTV

Considerando as conexões FTTC (até a calçada), a companhia conta com 216 cidades com fibra, sendo que o IPTV está presente em 65 cidades. A intenção da companhia é de continuar a mudar o foco do DTH para a TV por IP, já que todas as novas cidades com fibra terão o produto comercializado. "Nossa estratégia é de focar em IPTV em vez do DTH, é uma decisão estratégica porque [nas cidades onde a tecnologia está presente] estamos crescendo receitas acima de 66%", afirma Gebara. Nos resultados, a companhia já havia afirmado que a intenção é tirar a prioridade do DTH.

Segundo o COO da empresa, não houve mudança de estratégia no FTTH em relação à oferta de TV. "Apenas abrimos a possibilidade para consumidores que só querem banda larga", diz, lembrando que o preço acaba ficando maior.

Digitalização

Também foco da estratégia da empresa está na transformação digital. A companhia diz que a migração da base móvel para o modelo full stack já está em progresso. "Já estamos colocando em processo a digitalização, em dois ou três anos teremos a base total no modelo full stack, o que vai ajudar muito", declara Gebara.

4 COMENTÁRIOS

  1. A Vivo gosta de expandir mas esquece de manter a base. Tinha 35MB e até ontem (porque assinei NET) era obrigado a ter 15MB porque a qualidade da rede diminuiu com o tempo. Detalhe, moro praticamente no Centro de Juiz de Fora/MG! Segundo instaladores, se o meu armário fosse GPON não estaria reclamando de velocidade, mas como não há previsão…Tchau Vivo, Hello Net!

    • Fiz o mesmo com a Algar Telecom, que oferecia 40M via xDSL, com qualidade ruim. Fechei com a NET a quase 12 meses, 60M e não me arrependi! Perfeita… velocidade chega até um pouco acima do contratado e nunca tive que ligar para reclamar.

  2. Um recado para operadoras, ao invés de vocês ficar brigando por clientes nos grades centros, leva fibra óptica para o interior que quase 100% estará aderindo, porque no interior não tem concorrência, internet de 1 mega por 120,00, e quando levar fibra para as cidades leve cobertura para 100% dos bairros, não apenas para os bairros mais ricos, leve a fibra para os pobres, o pobre deixa de comer mais não fica sem internet que é o único lazer dele.Pensem nisso!.

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