?Vender celular a R$ 1 não faz sentido?, diz Teixeira, da Vivo

A política agressiva de subsídio de aparelhos da Claro, que recentemente lançou campanha oferecendo celulares pós-pagos a R$ 1, foi duramente criticada pelo vice-presidente executivo de operações da Vivo, Paulo César Teixeira. ?Somos totalmente contra essa oferta de celular a R$ 1. Não faz sentido. É uma oferta danosa para a indústria como um todo?, disse o executivo durante o 6º Rio Wireless, seminário realizado nesta terça-feira, 25, no Rio de Janeiro.
Segundo Teixeira, a política de subsídios da Vivo leva em conta o valor de cada cliente para a companhia. A operadora adotou nos últimos anos a estratégia de fidelizar e reter clientes em vez de conquistar novos usuários através de preços artificialmente baixos. ?Se você estimula muito a compra de pós-pagos corre o risco de trazer clientes pré-pagos que não conseguirão depois pagar a conta?, comentou o vice-presidente da Vivo. Ele lembrou que há países onde o subsídio de aparelhos é proibido, como a Coréia. ?A competição se faz com qualidade de serviço, não com preço?, resumiu.

Ebitda

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Teixeira atribuiu as baixas margens Ebitda das operadoras brasileiras à competição predatória praticada no País. ?Não tem indústria que sobreviva a longo prazo com margens tão baixas?, afirmou. A média da margem Ebitda das operadoras celulares em operação no Brasil foi de 15% em 2005. É uma das menores do mundo. No Egito é 51%. Na Rússia, 47%. A média mundial gira em torno de 40%, considerado o patamar ideal para conferir um retorno adequado aos acionistas.
Na opinião do diretor da Pyramid Research, Fernando Pafumi, existe um nítido subsídio praticado pela América Móvil entre suas operações no México e no Brasil. Enquanto no México a América Móvil tem margem Ebitda acima de 40%, no Brasil a Claro teve margem negativa em 2005.

Resposta

A Claro informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que, em vez de comentar as críticas da concorrência, ?prefere comemorar os resultados obtidos em março?. A operadora lembrou que, segundo a Anatel, ela foi a líder de vendas naquele mês, tendo conquistado 501 mil novos clientes, o que representou 37,3% do total de 1,34 milhão de novas linhas celulares vendidas no Brasil no período. A participação da TIM e da Vivo nas vendas de março foi de 24,2% e 8,3%, respectivamente, destacou o comunicado enviado pela assessoria de imprensa da Claro. Na semana que vem a América Móvil divulgará seus resultados do primeiro trimestre, incluindo aqueles de sua operação no Brasil.

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