Com a base de usuários 3G superando a marca de 7 milhões de clientes, uma questão torna-se crítica: as redes das operadoras móveis estão preparadas para atender a essa demanda e ao crescimento que se espera com o período de vendas do final de ano? A reportagem de capa da revista TELETIME de novembro tentou responder a essa pergunda, e constatou que o problema é crítico, o que está forçando as operadoras de telefonia celular a se movimentarem para melhor a sua cobertura. Apesar de negarem uma crise nas redes, todas admitem que estão investindo com urgência na melhoria da infraestrutura.
A Anatel, apurou a reportagem, foi dura com as operadoras de celular. "Enviamos cartas para as quatro grandes operadoras, informando que se os serviços não melhorassem, elas seriam alvo da mesma punição aplicada à Telefônica", disse Nelson Takayanagi, gerente especial de comunicações pessoais terrestres da agência.
Levantamento da Nielsen Telecom Practice Group, divisão de telecomunicações da empresa de pesquisas Nielsen, revelou que o índice de queda de chamadas efetuadas a partir de aparelhos 3G nas capitais brasileiras é, em média, de quatro a cinco vezes maior em relação aos handsets só de voz (2G). O mesmo levantamento apontou que aproximadamente 12% das ligações de celulares 3G na região metropolitana do Rio de Janeiro não são completadas por falta de sinal. "O índice máximo aceitável de não-completamento de chamadas é de 2%, ou seja, seis vezes menor", denuncia Thiago Moreira, gerente regional de produtos da Nielsen para a América Latina, que coordenou o estudo.
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