Parceria entre Telebrás e Embraer ainda depende de acertos comerciais

O ministro de ciência e tecnologia Aloízio Mercadante declarou nesta segunda, dia 24, que a Embraer já teria sido definida como a empresa integradora do projeto do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB) e que a empresa a ser constituída com a Telebrás para esse fim se chamará Embsat. Segundo apurou este noticiário, contudo, o acordo final entre Telebrás e Embraer ainda não está fechado, e não há ainda o sinal verde da Defesa, que é quem manda no projeto, em última instância.

Notícias relacionadas
Existe, de fato, um estudo com uma recomendação da Agência Espacial Brasileira (AEB) apontando a Embraer como a empresa brasileira com melhores condições de ser a integradora do SGB, e esse estudo foi reconhecido por todas as partes envolvidas no projeto como muito sólido. Os argumentos em favor da Embraer são irrefutáveis: de fato é a empresa com mais experiência nesse tipo de empreitada, já tem escritórios em todo o mundo e condições de viabilizar a logística dessa operação, tem relacionamento com vários dos possíveis fornecedores e é uma empresa em que o governo tem golden share. No entanto, dizem as fontes ouvidas por este noticiário, isso tudo ainda depende de questões comerciais.

Fontes próximas à Embraer alegam que a empresa só entrará nessa empreitada se vislumbrar aí a possibilidade de um bom negócio do ponto de vista empresarial, dentro da estratégia de longo prazo da empresa, e desde que ela mande no projeto. Já fontes do lado do governo entendem que não haveria porque se contestar a oportunidade comercial, já que essa empresa terá, praticamente, o monopólio da construção de todos os satélites do governo por pelo menos duas décadas, mas acham que a Embraer precisará fazer investimentos também, e nessa conta não valem recursos do BNDES. De qualquer maneira, parece já estar certo que a Telebrás teria uma golden share dessa empresa e a Embraer deve ter 51% das ações.

Segundo as fontes, as conversas já chegaram à fase de acertos entre advogados e o acordo deve ser fechado em algum momento próximo, caso se chegue a uma formatação comercial, mas há inclusive a chance de que outras empresas venham a participar do grupo, como a própria, Mectron, do grupo Odebrecht, também cotada para fazer a integração.

Quanto ao nome, a explicação é que Embsat é um nome de trabalho interno, mas que não está definido.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!