Ascenty fortalece conectividade global de data centers

Vice-presidente de vendas da Ascenty, Marcos Siqueira. Imagem: Divulgação

A provedora de serviços de datacenters brasileira Ascenty implantou a plataforma de orquestração de serviços ServiceFabric (da Digital Realty) no centro de dados da companhia em São Paulo.

Com o lançamento, o objetivo é fortalecer a conectividade global da Ascenty para atender à crescente demanda nos campos de computação de alto desempenho (HPC) e inteligência artificial (IA).

Hoje, o ServiceFabric da Digital Realty está disponível em mais de 50 regiões metropolitanas espalhadas pela Ásia-Pacífico, EMEA (Europa, Oriente Médio e África) e América do Norte. Com a expansão do serviço começando por São Paulo, os consumidores terão pontos de acesso diretos às principais plataformas de nuvem de qualquer localização privada, segundo a Ascenty.

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A provedora de datacenters investiu U$ 2 milhões (aproximadamente R$ 10,9 milhões) para a implantação do serviço no Brasil. Em entrevista ao TELETIME, o COO head de vendas da Ascenty, Marcos Siqueira, afirmou que a empresa tem a expectativa de ter o retorno sobre o investimento (ROI) em 18 meses

"Também esperamos ver, dentro dos próximos 12 meses, um crescimento de vendas associadas a esse produto na casa de 30% a 40%. A expectativa que nós temos é muito acelerada porque a gente passa a atender o mercado brasileiro, abrindo a possibilidade dele consumir serviços fora do Brasil", afirmou Siqueira.

Consumo

Com o serviço, os consumidores passam a ter acesso a 500 datacenters espalhados globalmente – inclusive aqueles que são de empresas concorrentes. "O ServiceFabric habilita o cliente a, por meio de um portal e em poucos minutos, fazer uma configuração de, por exemplo, conexão de um serviço da Microsoft na zona de disponibilidade que está em São Paulo ou nos Estados Unidos. Nós somos o canal de comunicação que vai possibilitar isso", disse Siqueira. 

Já a "grande confiança" da Ascenty para atender à crescente demanda por IA e HPC no mercado tem a ver com os dois nomes por trás da criação da joint-venture: a Digital Realty e a Brookfield Infraestrutura. A primeira responde por mais de 300 datacenters em todo o mundo e já trabalha com projetos de inteligência artificial. Já a segunda, que é uma investidora de infraestrutura, tem um portfólio composto por uma série de empresas de datacenters que existem justamente para atender serviços de IA.

A característica acima é vista pela Ascenty como uma vantagem competitiva. "Constantemente nós temos trocas de informações com essas empresas, das quais a gente consegue entender, por exemplo, o que [cada uma delas] tem feito nos Estados Unidos e ao redor do mundo para endereçar esse tipo de demanda. Então, conseguimos absorver isso, trazer para a realidade da América Latina e já preparar nossos datacenters nossos datacenters antes que a demanda de fato ocorra.

Ecossistema de conectividade

Os datacenters da Ascenty são do tipo carrier neutro. Isso significa que não há preferências ou exclusividades para nenhuma operadora de telecomunicações. Ou seja, diferentes provedores de serviços de Internet e empresas de rede podem se conectar e compartilhar dados de maneira colaborativa. "As operadoras são extremamente estratégicas dentro do nosso ecossistema", disse Marcos Siqueira.

Atualmente, a companhia tem uma infraestrutura composta por 5 mil km de rede de fibra óptica, sendo 4,8 mil km no Brasil e cerca de 200 km no México. Por aqui, as redes estão distribuídas em São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza. Na América Latina, a empresa tem 24 datacenters. No Brasil existem 20 desses em operação. Já o Chile e o México têm dois em cada País.

Datacenter da Ascenty em Sumaré, SP. Imagem: Divulgação/Ascenty

"As nossas infraestruturas conectam os nossos datacenters e os datacenters dos nossos concorrentes. Então, temos pontos de presença em todos os datacenters do mercado. E as nossas redes também chegam aos cabos submarinos", disse o COO.

Estratégia de expansão

O lançamento do ServiceFabric é estratégico e está dentro do planejamento de expansão da joint-venture, que pretende ter o Brasil como maior mercado da Ascenty ainda em 2024. Inclusive, o serviço iniciou em São Paulo pois a provedora observa a região como tendo o maior potencial de negócios "sem dúvida nenhuma", segundo Siqueira.

Mas, para o futuro, a Ascenty já mira em novas cidades. Fortaleza, por exemplo, já está no radar – apesar do COO não revelar ainda um cronograma para que a solução chegue ao datacenter da capital cearense.

"A latência entre o Sudeste e o Nordeste é algo gritante, porque o Brasil tem tamanho continental. Sabemos que existem diversas necessidades no Nordeste, onde ou as empresas vêm para o Sudeste consumir serviços em São Paulo ou vão diretamente para Nova York ou Miami", explicou o COO. Além de Fortaleza, a Ascenty também tem planos de expandir a solução para Santiago, no Chile.

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