Em nota divulgada nesta quinta-feira, 13, a Associação NEO, entidade que representa Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs), destacou a atuação destas empresas na conectividade áreas remotas e de baixa densidade demográfica. Para a entidade, essa atuação se deve muito às assimetrias previstas no Plano Geral de Metas de Competição (PGMC).
Segundo a associação, as PPPs atuam em municípios com menos de 100 mil habitantes, como as cidades de Araguainha (MT) e Nova Aliança do Ivaí (PR), que possuem pouco mais de mil habitantes cada.
"Ao prever as assimetrias e reconhecer as contribuições das PPPs para a inclusão digital, o PGMC permite que essas empresas ofereçam serviços de conectividade em áreas onde antes não eram contempladas por grandes operadoras", diz a Associação NEO.
A entidade também aponta ainda que muitas dessas PPPs são líderes de mercado, já que em muitos casos, são as únicas interessadas em proporcionar a estrutura de fibra óptica necessária para uma conectividade de qualidade aos consumidores.
"Em outros casos, esta liderança não se dá necessariamente pela falta de competição, já que há presença de outras operadoras. Mas, nestes casos, as PPPs se destacam pela dedicação em oferecer tecnologia de qualidade, em contrapartidas as mais precárias oferecidas pelas outras, visando otimização do serviço prestado e personalização de estrutura e sistema de atendimento, visando a melhor experiência do consumidor", diz a entidade.
Dessa forma, a Neo defende políticas regulatórias que promovam um ambiente favorável ao desenvolvimento das PPPs.
"Temos consciência de que nosso papel é essencial na ampliação do setor e na garantia de conectividade de qualidade para todos os brasileiros, independentemente de sua localização geográfica. É importante ressaltar que, embora algumas empresas de pequeno porte se destaquem em mercados regionais, sua influência e liderança não se comparam à concentração de poder das grandes empresas, que têm presença nacional e até internacional na América Latina", afirma Rodrigo Schuch, Presidente Executivo da Associação.
A entidade diz ainda que neste momento de revisão do PGMC, não está medindo esforços na defesa de suas empresas associadas e, de uma forma geral, do setor de telecom, que teve grande evolução nos últimos 10 anos.