Consultoria aposta em pressão sobre as margens da Telemig

A intensificação da concorrência no Estado de Minas Gerais e o mercado aquecido devem pressionar as margens da Telemig Celular, que registrou margem Ebitda de 40% no primeiro trimestre deste ano, ante a média de 37% no setor, segundo relatório da Lopes Filho Consultoria. A Claro será a quarta operadora no Estado e deve lançar sua rede em outubro. Já operam no Estado, além da Telemig, a Oi e a TIM. Na região do Triângulo Mineiro, ao contrário, a Telemig é a quarta entrante (estão em operação nesta região a Oi, TIM e CTBC). A previsão é que a Telemig, que teve 41,5% de margem Ebitda em dezembro do ano passado, encerre o final deste ano com 35,9% e, em dezembro do ano que vem, com 35,7%.
Segundo o relatório da Lopes Filho, o preço justo das ações preferenciais da Telemig (TMCP4) é de R$ 5,70 o lote de mil ações, o que indica potencial de valorização de 56%. Já as ações ordinárias (TMCP3) estão bem acima do preço que a consultoria considera o alvo para a empresa. A razão, conforme o relatório, é a expectativa do mercado pela alienação do controle da Telemig, cuja venda pode se dar para a Claro (América Móvil) ou Vivo. "Caso isto se confirme, entendemos que será conferido tag along aos detentores de ações ordinárias", nota o relatório.

Pontos negativos

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Outros pontos que a consultoria Lopes Filho considera negativos para a Telemig são o risco regulatório (atraso na definição da tarifa de interconexão – VU-M e os efeitos da implantação do bill & keep pleno no segundo semestre deste ano); o fato de a operadora não estar ligada a nenhum player nacional e enfrentar, no momento, conflitos societários; volatilidade dos papéis em função das especulações sobre a mudança em seu grupo de controle, o que gera dúvidas sobre os negócios da Telemig; e o tratamento que será dado aos minoritários. Somente a VU-M foi responsável por 34% do faturamento líquido total da operadora no primeiro trimestre deste ano.
Com tudo isso, a tendência para os papéis da empresa é de baixa. Porém, a curto prazo a situação é indefinida, de acordo com o relatório. A previsão da consultoria é de que a Telemig mantenha um market share da base de clientes entre 35% e 40% até 2009. A taxa de penetração em Minas Gerais deve chegar entre 45% e 48% até o final deste ano.

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