Prova cabal de que o mercado de publicidade móvel está engatinhando é a ausência de números oficiais sobre o segmento. O Projeto Inter-Meios, por exemplo, que mede o tamanho do investimento alocado em cada mídia, ainda não incluiu a mídia móvel em suas pesquisas. Nem mesmo institutos de pesquisas de audiência, como IBOPE ou Nielsen, estudam como se comporta a audiência no celular. Diante desse cenário, cabe aos players do mercado, com base nas suas percepções estimar o seu tamanho.
Marcelo Castelo, diretor da F.Biz, acredita que o investimento publicitário na mídia móvel gire em torno de R$ 20 milhões por ano. Já Samantha Jones, coordenadora de negócios do UOL Celular, acredita que o segmento represente algo em torno de 5% do volume de recursos alocado na internet. "Não existe métrica nem para medir a audiência do celular. A gente não sabe qual é o comportamento de uso, e quem são os usuários. Existem muitos 'Mickey Mouses' na base pré-paga das operadoras", afirma Jones em referência a supostas informações incorretas que os clientes prestariam às operadoras.
Mais importante do que ficar "chutando" números, talvez seja tentar entender por que as iniciativas ainda são pontuais e por que os anunciantes ainda não consideram o mobile em seus planos de mídia. Como definiu Castelo: "Está na hora de sairmos do job e entrar no fee". O executivo ainda afirma que, muitas vezes, mesmo que o cliente libere parte da verba para o segmento mobile, é difícil encontrar onde alocar o recurso.
Os executivos participaram do 1º Forum Mobile Plus, Mobilidade + Negócios, organizado pelas revistas TELETIME, TELA VIVA e TI INSIDE.