Patuano garante a Dilma que TIM não está à venda; operadora manifesta apoio ao leilão de 700 MHz

O CEO da Telecom Italia, Marco Patuano, esteve novamente no Brasil para, desta vez, conversar com a presidenta Dilma Rousseff. O encontro aconteceu nesta quarta, 23, e foi acompanhado pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, com quem o executivo-chefe da Telecom Italia havia se reunido em maio.

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Embora ao objetivo do encontro não tenha sido falar sobre as especulações de venda que envolvem o nome da TIM Brasil, o tema inevitavelmente surgiu na conversa; mas, como ressaltou o executivo, não foi levado pela companhia. “Esses não são temas para falar com a presidente. São temas da companhia”, disse Patuano, se referindo especificamente ao imbróglio que se tornou a participação cruzada da Telefónica na TIM e na Vivo.

Quando questionado se a redução da participação da Telefónica na Telecom Italia poderia satisfazer a determinação do Cade, o executivo se esquivou: "fizemos um grande trabalho para fazer uma companhia mais independente. O novo board de diretores é totalmente independente de qualquer acionista. Esse é o nosso interesse", afirma.

Em relação à uma possível fusão da TIM com a GVT, Patuano voltou a fazer referência às "óbvias sinergias", mas o assunto não está na agenda da companhia, segundo ele. "Não descartamos nada, porém, não é um tema que estamos enfocando nesse momento".

Já sobre as recentes especulações de que a Oi teria um plano de oferta de compra da TIM com posterior divisão da companhia entre os demais players no Brasil (Vivo e Claro), Patuano sequer respondeu ao questionamento. "Próxima pergunta", foi a resposta que ele deu.

Qualidade

O executivo mostrou surpreendente naturalidade ao reconhecer que a qualidade do serviço no Brasil está aquém da encontrada na Europa e nos Estados Unidos.

"No último ano e meio acho que fizemos um trabalho muito importante de melhoria de qualidade, mas ainda não estamos no nível de qualidade que podemos considerar de primeiro mundo. O Brasil precisa de nível de qualidade totalmente igual ao que temos na Europa ou nos Estados Unidos. E não tem mágica. Ter mais qualidade necessita mais investimento e mais frequência".

Para este ano, a expectativa da empresa é investir R$ 4 bilhões, sem considerar o investimento nas frequências de 4G – leilão do qual a companhia garante que vai participar.

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