GVT levará telefonia e banda larga a São Paulo e Rio de Janeiro em 2010

Após iniciar operações em Belo Horizonte, Salvador e Recife neste ano, a GVT anunciou que investirá de R$ 200 milhões a R$ 220 milhões em 2010 para levar seus serviços a outras cinco "cidades-chave" que, juntas, somam cerca de 12 milhões de pessoas. O vice-presidente de finanças e relações com os investidores da GVT, Rodrigo Ciparrone, não revelou os nomes das cidades, mas disse que são de São Paulo, Rio de Janeiro e da região Nordeste. A intenção da operadora é conquistar 250 mil novos acessos nesses locais, metade dos R$ 500 mil novos assinantes estimados para o ano que vem. O montante é parte do investimento total para 2010 estimado entre R$ 830 milhões e R$ 850 milhões, que contempla também a construção de mais 3 mil quilômetros de backbone em áreas não reveladas, ampliando, assim, o fluxo de dados em rede própria dos atuais 69% para 79%. Com isso, a empresa pretende reduzir o gasto com utilização de redes de terceiros. Todas essas ações, segundo Ciparrone, fazem parte do planejamento estratégico da operadora para 2010 e independem de uma eventual venda da empresa para a Telefônica ou para o grupo francês Vivendi. O executivo admitiu o recente encontro entre acionistas da GVT e o presidente da Telefônica, Antônio Carlos Valente, mas preferiu não revelar mais detalhes. Ele revelou, no entanto, que foram contratadas duas empresas para indicar o melhor negócio para os acionistas da operadora. São elas a Goldman Sachs e a Credit Suisse.
Balanço
Foram divulgados na quarta-feira, 21, os resultados trimestrais da operadora, que encerrou setembro com lucro líquido de R$ 57,2 milhões. A cifra representa recuperação do prejuízo de R$ 14,8 milhões registrado no mesmo trimestre do ano anterior.

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O trimestre também representou alta para a receita líquida, que cresceu 27,3% na comparação com o terceiro trimestre de 2008, indo de R$ 347,4 milhões para R$ 442,3 milhões. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações) cresceu 30,9% no terceiro trimestre, atingindo a marca dos R$ 172,8 milhões.
Segundo dados da própria GVT, os resultados positivos do trimestre se apoiaram no grande crescimento de sua base de clientes de Internet em banda larga.
Ultrabandalarga
O maior crescimento dos serviços de dados da GVT foi registrado na base dos assinantes de ultrabandalarga, ou seja, 35 Mbps, 50 Mbps e 100 Mbps. De agosto para cá, mais de 700 novos clientes adicionados a essa base, todos do segmento corporativo. Segundo Alcides Troller Pinto, vice-presidente de marketing e vendas da GVT, o crescimento surpreendeu até mesmo a área de vendas da operadora. Ele acredita que com o surgimento de novas aplicações web e, principalmente com os serviços de video on demand e IPTV, esse mercado crescerá ainda mais, inclusive no segmento residencial. No terceiro trimestre, esses planos de ultrabandalarga corresponderam a 64,1% das vendas da GVT.
NGN e VoIP
A receita do segmento de serviços de nova geração (NGN) para o segmento corporativo, que incluem banda larga, transporte de dados e VoIP, cresceu 45% no trimestre, alcançando R$ 140 milhões, 32% do faturamento total da operadora durante o período.
O serviço de VoIP (Vono) para o mercado residencial e pequenas e médias empresas também cresceu 45%, chegando a 143.667 linhas e receita de R$ 5,8 milhões, registrando 70% de aumento em relação a igual trimestre do ano passado.
Novas linhas
Na contramão do mercado, a GVT apresentou recorde de linhas em serviço, com 247.194 linhas adicionadas à base no trimestre. Desse montante, 112.779 são linhas de voz, 63.243 de dados (banda larga) e 56.449 linhas de dados para o mercado corporativo, 11.157 de VoIP e 3.566 do provedor de Internet. Com isso, a base total de assinantes da GVT somou 2,56 milhões de linhas ao término de setembro.

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