Italianos, fundos e Citi conversam, mas não fecham antes do dia 30

É pouco provável que Telecom Italia, Citibank e fundos de pensão (representados pela Angra Partners) cheguem a um acordo sobre a venda da BrT antes da assembléia marcada para o próximo 30 de setembro, quando o Opportunity deverá ser definitivamente afastado da gestão da terceira maior operadora fixa de telecomunicações brasileira.
A razão básica do impasse é que do lado italiano a exigência é que se suspendam todos os atos societários, inclusive a assembléia do próximo dia 30, enquanto os entendimentos estejam em andamento. Como a Reuters anunciou há poucos dias, nas negociações que transcorrem em Londres, os italianos se comprometeram a pagar 100% do valor de controle ao Citi e apenas 30% aos fundos de pensão que sairiam com os outros 70% via mercado.
Participam das conversas do lado italiano, Nicola Verdicchio e Gianpaolo Zambeletti, responsáveis pela área jurídica e por fusões e aquisições, além do empresário Nagi Nahas e o advisor GP Morgan. Do outro lado, os de sempre, com os advisors do Citi, o Salomon Smith Barney.

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As informações foram colhidas por TELETIME News junto a fontes próximas a ambas as partes das negociações.

Notificação

Enquanto isso, a Brasil Telecom Participações S/A (controlada pelos fundos e pelo Citi) já toma providências para evitar qualquer ação hostil, ao menos vinda da própria operadora ainda comandada por Carla Cico. A executiva, juntamente com os conselheiros da Brasil Telecom S/A, recebeu da holding, no dia 21, uma carta alertando para as decisões judiciais anteriores do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, e alertando para que nenhuma iniciativa a fim de impedir ou dificultar a AGE do dia 30 seja tomada. É uma precaução, que pode ter implicações judiciais.
Outro esforço da Brasil Telecom Participações S/A tem sido no sentido de levantar dados referentes ao Consórcio Voa, gerido pelo Opportunity, mas que tem como maiores cotistas a BrT, a Telemig e a Amazônia Celular. O consórcio, dono de três aviões particulares, deveria servir às três empresas, mas há notícias de que ele tenha sido utilizado principalmente pelo Opportunity em interesse próprio. Já foram levantadas as alterações contratuais no consórcio desde 1998 (praticamente uma por ano, inclusive uma em maio último), mas os dados em relação ao orçamento e uso dos aviões ainda não foram entregues pelo Opportunity.

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