Alcatel desafia Avaya no segmento corporativo

A Alcatel decidiu se voltar fortemente para o mercado corporativo, desenvolver a área de call center e enfrentar a líder do setor, a Avaya. A empresa francesa já foi a número dois no segmento de empresas, há alguns anos, mas cometeu erros estratégicos e descontinuou os produtos no País, o que criou uma ruptura no negócio. As afirmações são do presidente da Alcatel no Brasil, Jonio Foigel, que depois de devolver a lucratividade para a empresa, parte agora para a reconquista de clientes.
?A Alcatel terá que trabalhar duro para retirar nossos clientes. Somos muito competitivos em algumas áreas?, reagiu a presidente da Avaya para Caribe e América Latina (Cala), Elizabeth Garcia, ao ser indagada por este noticiário sobre a estratégia da concorrente. A executiva lembra que a Avaya também passou por um processo de transformação ? foi criada a partir de um spin off da Lucent, em 2000.
?Hoje, nosso cash flow está alto, as finanças estáveis e sem dívidas. Concentramos esforços em nossos negócios, em nossa empresa, e se comparar com nossos competidores, somos a nº 1 em telefonia IP, dominamos os aplicativos e vamos fornecer serviços locais?, destacou Elizabeth. ?Nós mudamos e deu certo. A questão (sobre a consolidação Alcatel/Lucent) é: o que eles farão, como farão, terão sucesso nisto??

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Investimento ilimitado

A presidente da Avaya na região de Cala disse que o crescimento da empresa continuará, inclusive inorgânico. ?Estamos procurando oportunidades para aquisições na região?, admitiu Elizabeth. Quando indagada por este noticiário sobre a disponibilidade de recursos para ir às compras, a executiva argumentou: ?Não há limite para investimento. Isto dependerá de qual retorno teremos com tal investimento, do que poderemos alavancar e crescer com isto.? O interesse é principalmente em pequenas empresas que complementem sua estratégia, com bons aplicativos e bons serviços.
Não bastasse a já forte presença da Avaya no mercado corporativo, a empresa decidiu montar um centro de desenvolvimento de software no Brasil, a partir de 2007. O objetivo é atender ao mercado global, especialmente na área de contact centers. A executiva afirmou que não foi só o fato de a mão-de-obra ser mais barata que influenciou a instalação dessa fábrica no Brasil, mas porque tem muitos talentos na área técnica. ?No Brasil está nossa melhor equipe da América Latina; é onde encontramos as pessoas certas?, disse Elizabeth. Está em andamento o processo para contratação de 50 funcionários, com conclusão para até o final do ano.

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