O CPqD concluiu projeto encomendado pela LG Electronics de desenvolvimento de tecnologia para a reciclagem de baterias de celulares de lithium íon, as mais utilizadas nos aparelhos disponíveis no mercado. "A estratégia da LG foi antecipar-se à legislação ambiental que ainda não está definida no País", afirma o gerente geral de pesquisa e desenvolvimento da LG, Ciro Hernandes. A companhia pretende montar uma linha de produção industrial de reciclagem de baterias com algum parceiro e oferecer serviços aos outros fabricantes de celulares. Poderá inclusive exportar essa tecnologia para a matriz, na Coréia.
Após o término das pesquisas, o CPqD elaborou quatro pedidos de patentes referentes aos processos de recuperação dos compostos de lítio, separação do cobre e do processo global de reciclagem depositado pela LG no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). ?Além do instituto nacional, as patentes estão sendo depositadas também em um organismo internacional, o CPCT, que inclui países europeus e os Estados Unidos?, diz Hernandes.
Maria do Rosário Fabeni Hurtado, da diretoria de laboratórios e infra-estrutura de redes do CPqD, explica que essa metodologia de reciclagem de baterias se destaca pelo baixo custo dos processos envolvidos e baixo consumo de energia elétrica o que a torna viável comercialmente. O projeto de reciclagem desenvolvido pelo CPqD separa as partes das baterias em plástico, elementos químicos e metais, sendo que mais de 90% do material resultante é reciclável em novas baterias ou outros equipamentos.
Hoje a LG, por exemplo, assim como outros fabricantes, coleta as baterias em suas lojas e uma empresa terceirizada destrói os dispositivos com rolo compressor. Os restos são coletados em sacos plásticos e despejados em aterros especiais. ?Essa não é a melhor forma de poupar o meio ambiente de dejetos nocivos?, diz Hernandes.