Nas avaliações de especialistas do mercado de ações, os papéis das operadoras de telefonia fixa estão mais atraentes que os das holdings que as controlam. Isso vale tanto para Telemar quanto para Brasil Telecom (BrT). No caso de Telemar, a analista Jacqueline Lison, da Fator Doria Atherino, lembra que a empresa precisará ganhar escala rapidamente e obter retorno sobre os investimentos realizados a fim de fazer frente às despesas financeiras em geral e aos custos pré-operacionais da Oi, em particular. Ou seja: se os negócios com telefonia fixa entram no estágio de baixo investimento, redução de custos e aumento de receitas por serviços adicionais, os da telefonia móvel ainda são uma incógnita. Por isso, recomenda a compra da Tele Norte Leste e apenas manutenção da Telemar. O preço-alvo da operadora é de R$ 75,28, com potencial de valorização de 95%. Já na BrT, a recomendação de compra da operadora é feita com preço-alvo de R$ 16,58, supondo um upside de 50%.
As qualidades da BrT
A BrT, cujos resultados aliás ficaram acima das expectativas, é bem vista por vários motivos. A decisão de não antecipar metas foi acertada até agora. Com menores investimentos, ficou com mais dinheiro no caixa e deixou de se endividar. A empresa deve manter uma margem EBITDA superior a 45% no segundo semestre ? o que vai ser ajudado pelo ajuste de tarifas já aprovado.