Atrativa vende games sem compartilhar receita

A Atrativa Latin America, provedora de games para celular, filial da Atrativa Inc., dos EUA, desenvolveu um modelo de negócios que, ao contrário de seus concorrentes, não está amarrado à rede das operadoras móveis. A empresa, cujos jogos estão disponíveis para os terminais padrão Java da TIM e da Oi, vende seus games pela internet (e-commerce) diretamente do seu site, com cobrança por cartão de crédito ou boleto bancário.
O único contato com a operadora se dá quando o usuário, depois de efetivada a compra, recebe um short message push com o link do jogo adquirido. Nesse ponto, o assinante deve, obrigatoriamente, fazer o download através do aparelho Java (com GPRS) e, portanto, acaba na rede da operadora.
A diferença do modelo da Atrativa é que não há um contrato de compartilhamento de receita (revenue share) porque os jogos não estão no menu da operadora. ?Do jeito que está atualmente, os serviços de valor adicionado crescem, mas mais devagar?, afirma o diretor da Atrativa, Ronaldo Bastos.

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Ele pondera ainda que deveria haver maior equilíbrio de condições dos contratos de revenue share entre operadoras e desenvolvedoras de conteúdo. ?A questão central é o billing?, diz. Para Bastos, se o desenvolvedor depende do billing da operadora, ele é obrigado a aceitar as condições da empresa.
O diretor da Atrativa diz que a empresa fez uma estimativa do público potencial para esse mercado e chegou a um resultado de 4 milhões de usuários habilitados para baixar e usar os games. Estão excluídos dessa conta os assinantes pré-pagos e são contabilizados somente os terminais GSM equipados com Java.

Compartilhamento de receita

O modelo atual adotado na maioria dos casos no Brasil, de compartilhamento de receita, é o melhor, segundo o executivo. O problema, diz, é que esses contratos pendem muito mais para a operadora do que para o desenvolvedor. No País, as negociações começam em média na base de 50% para cada lado. Nos EUA, a proporção é de 80% para o desenvolvedor e de 20% para a operadora que leva, ainda, a geração de tráfego em sua rede. No Japão, o notório caso da NTT DoCoMo fundamenta-se num modelo ainda mais liberal, em que a operadora não fica com nada além do tráfego gerado em sua rede pela busca de games. O caso da operadora japonesa é único e chegou a criar um mercado por conta de seu próprio modelo.
A Atrativa, há três anos, no Brasil, chegou a comercializar games com a Telesp Celular e a Telefónica Celular (atuais operadoras da Vivo) no passado, usando o WAP como plataforma para o download de jogos. Como se sabe, o WAP não funcionou e a parceria não foi em frente. Por enquanto, o diretor da Atrativa diz que não há nada efetivo para comercializar games na linguagem Brew, adotada pela Vivo.
A Atrativa está hospedada no portal UOL desde o início de sua operação no Brasil. Em dezembro, 45 mil usuários acessaram o link móvel da empresa onde estão localizados os games disponíveis. Atualmente, são sete os aparelhos disponíveis para os games da Atrativa, entre modelos da Nokia, Motorola, Siemens e Sony Ericsson.

Seminário

As revistas Pay-TV, Tela Viva e Teletime promovem nos dias 17 e 18 de março o seminário TELA VIVA Móvel – Encontro dos Serviços e Entretenimento Wireless, que reunirá operadoras de telefonia móvel, desenvolvedores e distribuidores de conteúdos e fornecedores de equipamentos para debater e apresentar as novas possibilidades dos serviços celulares, incluindo a transmissão de vídeos, jogos online, serviços de chat e informações. Para saber mais: info@convergeeventos.com.br ou www.convergeeventos.com.br.

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