Claro aponta 'dinâmica acelerada' na adoção do 5G no Brasil

Paulo Cesar Teixeira, da Claro. Foto: Marcos Mesquita

A Claro vê de forma positiva o ritmo de adoção do 5G no Brasil em relação a outras tecnologias, e aponta  efeitos já perceptíveis no consumo e satisfação de consumidores e maior interesse de outros segmentos em parcerias. Mas a operadora também acredita que há espaço para avanços, sobretudo em relação ao custo de smartphones.

A análise foi realizada pelo CEO da área de consumo da Claro, Paulo Cesar Teixeira, durante o evento Teletime Tec, promovido pela TELETIME nesta quinta-feira, 20, em São Paulo.

Na ocasião, o executivo notou que os 26 milhões de acessos 5G do mercado brasileiro em um espaço de 22 meses desde o lançamento no País representam ritmo 3,8x mais intenso que o registrado pelo 4G no mesmo intervalo. "O Brasil está claramente no caminho certo", apontou. Nesta semana, a Anatel apontou balanço do 5G presente em 464 cidades.

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Como reflexo, Teixeira aponta que o tráfego gerado pela tecnologia já chega a 30% do volume total na rede móvel, se aproximando de 40% na cidade de São Paulo. Entre clientes, o consumo unitário de gigabytes (GB) seria quatro vezes maior no 5G. E a satisfação do usuário (medida em Net Promoter Score, ou NPS) na quinta geração ficaria 24 pontos acima do medido no 4G.

Ao mesmo tempo, também haveria estímulo positivo do momento macroeconômico, marcado por desemprego baixo e por crescimento do PIB a taxas razoáveis, avalia Teixeira. Junto ao movimento, ele destaca a chegada de celulares 5G intermediários às prateleiras do varejo, ainda que veja espaço para novas reduções no preço.

"Há um ano atrás tínhamos o target de [smartphone ao custo de] R$ 1 mil, que foi alcançado. Agora temos o target de R$ 500: talvez esse ano não seja possível, mas em meados do ano que vem, talvez sim", apontou o CEO da Claro.

Teixeira relata que a operadora acompanha essa "mancha" de devices compatíveis com o 5G para definir as áreas que receberão a infraestrutura. No momento, um dos desafios seria justamente o adensamento do serviço 5G em bairros periféricos, além da própria chegada da tecnologia a cidades de menor porte.

Parcerias

Um dos reflexos do bom momento 5G – e da indústria móvel de uma forma geral – seria o interesse de outras cadeias em parcerias com as teles.

"Outros segmentos estão querendo se associar ao móvel, então há oportunidades por vir. Há pouco que fechamos com um banco de relevância, que teve razões para escolher a Claro", indicou Teixeira no Teletime Tec, em referência à parceria que o Nubank fez com a empresa para oferta de serviços móveis, no modelo de operadora móvel virtual (MVNO).

Ao TELETIME, o executivo afirmou ver a parceria com a fintech como uma oportunidade de geração adicional de valor para a operadora, também minimizando o risco de canibalização ao habilitar o ingresso do banco digital no segmento.

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