A Anatel está preocupada com o cenário de estagnação no adensamento de redes móveis e estuda modelos que propiciem novas torres e sites, indicou o superintendente de outorgas e recursos à prestação da agência, Vinicius Caram, durante o Teletime Tec – realizado em São Paulo nesta quinta-feira, 20.
"Novos sites são mandatórios. Temos sites que estão congelados há mais de três anos e precisamos pensar nisso", indicou o servidor, afirmando que a expansão de serviços pelas operadoras tem se baseado sobretudo na adição de estações e capacidade nas estruturas já existentes e cumprimento de metas editalícias.
"Está ficando ineficiente, então temos que parar e pensar em uma reformatação, com novos sites e novos modelos", apontou Caram. Assim, ao buscar novos leilões ou um quarto player no segmento móvel, exigências de melhoria de infraestrutura ou modelos atrativos para a instalação da mesma podem ser fixadas.
Desafios de cobertura móvel vão de rodovias a escolas; adensamento e localidades também preocupam
No evento, o superintendente da Anatel também propôs uma reflexão sobre um possível arranjo de consórcio de operadoras em cidades pequenas, evitando duplicação e utilizando faixas hoje empregadas no 2G e 3G.
"Não precisamos de cidades de 5 mil habitantes com quatro operadoras com 5G, é melhor pensar em uma única infraestrutura com portadoras de 40 ou 50 MHz", afirmou. Já para Tomas Fuchs, presidente da Datora, o compartilhamento de rede pode ser um bom modelo, mas também é arriscada a dependência de uma só rede, sem alternativas de redundância.