Em nova ação proposta pela Telemig Celular, a 7a Vara Federal de Brasília decidiu que a Claro está novamente impedida de comercializar seus serviços em Minas Gerais e sua rede está bloqueada temporariamente. Há apenas uma semana a mesma juíza, Dra. Candice Lavocat Galvão Jobim, havia confirmado a liberação da operação.
Segundo comunicado da Claro, apesar desse cenário confuso, a empresa conquistou, em menos de uma semana de operação, mais de 10 mil clientes mineiros. ?Lamentamos que a Telemig Celular, orientada pelo grupo baiano Opportunity, seu atual controlador, esteja insistentemente tomando atitudes para impedir a livre concorrência no Estado, que afinal é boa para o cliente, para as empresas e para o desenvolvimento do mercado mineiro?, diz o comunicado.
A empresa está lutando em instâncias judiciais e administrativas para recomeçar sua operação no Estado. Na operação em Minas Gerais, foram investidos R$ 400 milhões e estão sendo gerados mais de 1,2 mil empregos.
Argumento confuso
O argumento usado pela Telemig Celular para pedir a nova liminar é que há "indícios de vício formal" no processo da Anatel que aprovou a reestruturação societária desvinculando a fundação Telos da Claro. A vinculação era o argumento original que havia suscitado a primeira suspensão. Segundo a ação movida pela Telemig, a Anatel não ofereceu à ela (Telemig) achance de se manifestar (o que não precisa acontecer em casos de reorganização societária, ainda mais havendo a possibilidade de recurso administrativo). A Telemig (sob o comando do grupo de Daniel Dantas) diz em sua ação que houve "impessoalidade" e "imoralidade" no ato da agência. Além de ter proibido a comercialização justamente no final de semana de vendas antes do Natal, quando toda a estrutura de vendas já estava contratada, a Juíza também determinou que os equipamentos da Claro sejam lacrados, o que vai deixar mais de 10 mil usuários que haviam comprado telefones nos últimos dias, sem o serviço.
