A Globalstar deverá lançar um serviço de cartões pré-pagos no Brasil para telefonia via satélite no início do próximo ano. O objetivo é aumentar a base de clientes, e não reduzir a inadimplência, que já é baixa, afirma o presidente da companhia, Michael Vahrenkamp.
O pré-pago já existe na rede Globalstar de outros países. De um total de 80 mil usuários da operadora, em torno de 15% são pré-pagos. Na Rússia, esse percentual chega a ser superior a 90% da base de assinantes.
Na Venezuela, 70% dos usuários Globalstar usam o cartão pré-pago em terminais fixos públicos da empresa. Dos 30% restantes, que usam terminais móveis, um terço adota o sistema pré-pago e os demais, o pós-pago. Nos Estados Unidos, a grande maioria dos assinantes é de pós-pagos, enquanto na Europa, à exceção da Rússia, não se admite o pré-pago. O perfil do serviço muda em cada país, dependendo da estratégia da operadora, diz Vahrenkamp.
Inicialmente, deverão ser vendidos só os cartões pré-pagos, que poderão ser usados em telefones públicos fixos-móveis – em embarcações, por exemplo. Por enquanto, o executivo acredita que não faz muito sentido vender o próprio aparelho pré-pago, pois além de ser caro, o usuário que estivesse em áreas remotas não teria como recarregar o crédito.