As operadoras latino-americanas (exceto Chile e Porto Rico) foram responsáveis por 26% da receita bruta da Telefónica Móviles, que foi de US$ 12,801 bilhões (US$ 11,618 bilhões em 2002), crescimento anual de 10,2%. Excluídas as variações cambiais dos diversos países latino-americanos e a incorporação da TCO, no Brasil, a receita cresceu 27,7% em relação ao mesmo período de 2002.
O lucro líquido da operadora móvel espanhola foi de US$ 2,042 bilhões ao final de 2003, em uma reversão acentuada do prejuízo líquido de US$ 4,734 bilhões de 2002. Se excluídas as provisões extraordinárias líquidas de 2002, o crescimento anual do lucro líquido seria de 14,4%.
O EBITDA foi de US$ 5,673 bilhões e superou em 19,5% o número de 2002 (US$ 4,748 bilhões). O aumento seria de 20,6% se fossem excluídos os efeitos da variação cambial na América Latina e a incorporação da TCO. A margem EBITDA chegou a 44,3%, ante os 40,9% de 2002. Novamente, se descontadas a aquisição da TCO e a variação cambial, o EBITDA da operação latino-americana seria de 4,7% superior ao resultado obtido, de US$ 736 milhões.
Brasil e México
A despeito do Brasil ter a maior carteira de clientes da Améria Latina (20,656 milhões, dos 27,8 milhões atendidos na região) e gerar o maior volume de receita (US$ 1,750 bilhão), o México (com receita de US$ 686 milhões e 3,454 milhões de assinantes) foi o país, fora da Espanha, que recebeu o maior aporte de investimentos. Foram US$ 612 milhões no ano passado, ante os US$ 194 milhões que o Brasil recebeu.
A explicação está no próprio balanço da Telefónica Móviles. O México, segundo registra o balanço, superou todos seus objetivos comerciais de 2003, conquistando mais de 725 mil clientes no quarto trimestre. Ainda conforme o balanço, ao final de 2003, a rede mexicana, que opera em GSM, cobria 96 cidades e está pronta para conquistar uma posição relevante no crescimento potencial do mercado do México.