Profissionais do mercado de ações acreditam que o Índice de Telecomunicações do Bovespa (Itel) não esteja refletindo com exatidão a situação do setor. No ano, até 18 de fevereiro, o Itel acumula perda de 6,12% contra 7,26% do Ibovespa. A partir da análise das empresas mais negociadas, porém, o quadro muda: as holdings da telefonia fixa estão bem, mas as operadoras em geral, e as celulares em particular, vão mal. A CRT celular é quase uma exceção. Veja o desempenho das principais empresas:
Telemar holding: 1,8%
Telemar operadora : -9,52%
Brasil Telecom operadora: – 9,92%
Telesp fixa: – 8,16% (está se recuperando em fevereiro)
Telesp Celular: -23,3%
Telemig Celular: – 14,4%
TCO: -3,3%
Tele Sudeste: -4,48%
CRT Celular: 3%
Os argumentos são no sentido do aumento da concorrência, de investimentos em tecnologia e fraco desempenho da economia. O que também está sendo observado nas últimas semanas é um novo aumento do spread relativo das ações ordinárias de empresas passíveis de venda. No caso da Embratel, as ON ficaram 16% mais caras que as PN (a diferença era de 14%), a Telemig Celular foi de 33% para 36% e a Tele Norte Celular de 51,5% para 54,2%. Ou seja: os investidores incorporaram a idéia de que os preferencialistas perdem mais no processo de consolidação.