A Associção NEO tem planos de ampliar o foco da entidade para ir além da representação institucional nas questões de interesse dos pequenos e médios provedores de banda larga e TV por assinatura. Rodrigo Schuch, presidente executivo da entidade, reconhece que os desafios concorrenciais são de fato o principal foco de preocupação da entidade, especialmente com a entrada das operadoras regionais no 5G, a eterna luta por acessos aos postes, a crescente luta por espectro e a possibilidade de acesso aos recursos do Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust). "Estas são algumas de nossas prioridades estratégicas", diz ele, acrescentando ainda o acesso a conte?dos, sobretudo por streaming, que ainda traz questões competitivas importantes.
Mas os planos da associação vão mais longe. Ela quer transformar a experiência já acumulada de décadas de negociadora de conteúdos de TV paga para que possa também atuar na compra de equipamentos e serviços para provedores regionais, ou na formação de grupos para negociação de postes, ou ainda, num projeto de mais médio prazo, negociar a capacidade ociosa dos mais de 500 mil km de fibra que os mais de 300 associados da NEO controlam hoje, disputando assim o mercado de redes neutras, "São todas ideias que estamos analizando em nosso planejamento estratégico de longo prazo e que podem fazer sentido para a associação", diz Schuch. A NEO atuaria como um hub de negociação dessa capacidade, explica. Outro projeto em análise é a criação de uma grande CDN que compartilhe dessa capacidade dos provedores regionais associados.
Em entrevista ao Podcast TELETIME (disponível na sprincipais plataformas de streaming e no player abaixo), Schuch detalha alguns desses planos, mas fala ainda do cenário competitivo para operadores regionais, da importância de acesso ao espectro, e defende o WiFi6 como opção tecnológica para operadores que não contam com estrutura de redes móveis.